quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Sniper americano

"American sniper', de Clint Eastwood (2014) Baseado no livro de Chris Kyle, "American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Military History", o filme de Eastwood glorifica o homem que declaradamente matou mais de 160 pessoas em mais de uma década de serviços prestados ao Exército americano. Chris participou da Guerra do Iraque, logo após o atentado de 9 de setembro, e foi decisiva a sua participação nessa e em outros embates, pois os soldados americanos em ação se sentiam mais seguros quando sabiam que Chris oa estava protegendo. O filme mostra o apreço de Chris desde criança por armas, a educação rígida que sofreu de seu pai, que o impedia de agir com sentimentos e ser totalmente frio. No filme, além das batalhas, existia um outro grande conflito, dessa vez interno, sofrido por Chris: ele se casou e teve dois filhos com sua esposa Taya (Sienna Miller), mas as lembranças da guerra o fazem se afastar emocionalmente da família. Ele se torna agressivo, mas o amor de Taya o fará voltar a ser o homem que ele era. No dia 2 de fevereiro de 2013, Chris foi assassinado por um veterano de guerra que estava passando por um tratamento psiquiátrico, inclusive sendo ajudado por Chris. O que mais impressiona no filme de Clint Eastwood não e nem o filme em si, mas sim, a dinâmica e vigor que o próprio Eastwood, um senhor de 84 anos, tem em conduzir um filme desse porte. Enérgico todo o tempo, cheio de cenas de combates e tiroteiro o filme todo, Eastwood parece que descobriu a sua fórmula da juventude fazendo filmes cada vez mais desafiadores. O filme anterior, "The Jersey boys", já era bem complexo. A direção de Eastwood impressiona, com várias cenas bem tensas. O roteiro é polêmico: muita gente vai reclamar dizendo que é um filme que endeusa o porte de armas , comum á nos Estados Unidos, onde a criança aprende a tirar desde bem cedo. A fotografia de Tom Stern , fiel companheiro de Eastwood, é muito bonita e enfatizando o ensolarado da região do Texas e do Iraque. O filme é recheado de cenas bem cruéis, como torturas com crianças, e deve provocar repulsa em boa parte dos espectadores. Bradley Cooper comprou os direitos do livro e até chegar em Eastwood, outros cineastas foram convidados, como David O. Russel e Steven Spielberg. Bradley está bem no papel, porém cabe a Sienna Miller a parte mais chata da história. Ela tá sempre chorando, lamentando, implorando pelo retorno do marido. Um clichê melodramático, que por pouco não faz do filme um grande novelão. Nota: 7

2 comentários:

  1. Tem sido um dos filmes que eu gostava do início ao fim, a verdade é que eu continuo dizendo que no gênero de filmes de guerra, American Sniper é o mais recomendado. O elenco e os efeitos são dois aspectos que eu reconheço, além da história emocional que apresenta que certamente irá cautuva como especatdor.

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