terça-feira, 10 de junho de 2025

Montreal main

"Montreal main", de Frank Vitale (1974) Um polêmico drama Lgbtqiap+ canadense, que provocou escândalo quando lançado em 1974 e se tornou obscuro. Escrito, dirigido e protagonizado por Frank Vitale, o filme mostra a relação entre um fotógrafo na faixa dos 30 anos, e a sua paixão por um garoto de 12 anos, Johnny (John Sutherland), que também fica obcecado e apaixonado por Frank. O estilo narrativo do filme lembra o cinema de John Cassabettes: uma linguagem documental, cinema verité e com falas improvisadas. O que mais me chamou atenção no filme, é a sua estética underground, que remete também aos filmes dos anos 60 de Morrisey e Andy warhol, com personagens do submundo: artistas, viciados, figuras marginalizadas da sociedade. Todo mundo aparenta estar sujo, com unhas em close sujas, cabelos ensebados. Frank é um fotógrafo desempregado que mora em Quebev, Montreal, dividindo uma casa bem muquifo e decadente com seu melhor amigo, Bozo (Allan Moyle). Ambos conhecem toda a classe de artistas e viciados e frequentam as festinhas. Frank tenta seduzir seu amigo Bozo, que é hetero. eles tentam fazer sexo, mas não funciona. Quando Frank vai para uma festa de amigos de Bozo, ele vê o filho da dona da casa, Jonnhy, e imediatamente se apaixona pelo menino. Com o pretexto de tirar fotos do rapaz para um catálogo, ele convence os pais de sair com Johnny. A constante saída de Jonnhy com Frank faz com que a vizinhança passe a decsonfiar das intenções do fotógrafo. O filme é chato e de ritmo lento, mas a sua atmosfera maldita acaba atraindo a atenção, com uma estética bem documental, ainda mais que foi filmada com 16 mm. É um filme corajoso, e mesmo não mostrando nenhuma cena íntima do fotografo com o menino, os diálogos e as intençõe sjá deixam bem evidente a atração. Um filme sobre desejos, obsessão e paixão proibida.

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