domingo, 15 de junho de 2025
Manta Ray
"Kraben rahu", de Phuttiphong Aroonpheng (2018)
Vencedor do Prêmio Venice Horizons de melhor filme no Fetsival de Veneza, esse drama tailandês é uma experiência sensorial e etérea que relembra os melhores filmes do conterrâneo Apitchapong. Pela tensão sexual entre os protagonistas e sensuais cenas de homoerotismo, ele se aproxima mais de "Mal dos trópicos", de Apitchapong, ainda mais porque envolve elementos metafísicos, sobrenaturais e uma virada na história, onde muda o protagonismo. Co-produzidopor Tailândia, China e França, o filme apresenta um pescador (Wanlop Rungkumjad), um jovem de cabelos tingidos de loiro. ele foi abandonado pela esposa Saijai (Rasmee Wayrana), uma funcionária de uma fábrica que o trocou por outro homem. Um dia, ao perambular pela floresta em busca de pedras preciosas, ele encontra um homem ferido. O pescador cuida dele, e o leva para sua casa, dando casa e comida. Com o tempo, o pescador o ensina a pilotar moto e a cuidar de sua casa. O homem misterioso, que ficou mudo, é apelidado pelo pescador de Tongchai (Aphisit Hama) e tornam-se inseparáves. Tongchai todo final de dia vai até o pier receber o pescador, que volta com sue barco. Mas um dia, Tongchai vai receber o pescador e ele não aparece. Os colegas dele dizem que ele saiu com o barco e provavelmente o mar o levou. Misteriosamente, Saijai retorna e volta a morar na casa. Tongchai vai aos poucos, assumindo a personalidade do pescador.
O filme é dedicado pelo roteirista e diretor Phuttiphong Aroonpheng à minoria rohingya, que foi dizimada pelo governo. As cenas do pescador e Tongchai são de incrível tensão sexual. A cena mais brilhante e contundente que vi em muito tempo, é quando eles dançam improvisados em uma pista de dança improvisada pelo pescador, com luzes estroboscópicas. O filme é repleto de cenas quase oniricas e lúdicas.
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