quarta-feira, 4 de junho de 2025
Man push cart
"Man push cart", de Ramin Bahrani (2005)
Concorrendo no Festival de Veneza na mostra Orizontti, o filme de estréia do cineasta iraniano americano Ramin Bahrani é um retrato melancólico e terrivelmente desolador de um imigrane paquistanês em Nova York, sobrevivendo na dura e cruel rotina diária da cidade. A idéia para escrever o filme veio logo após o 11 de setembr, quando imigrantes do oriente médio sofriam xenofobia dos americanos, que os viam como terroristas. Bahrani humaniza a vida de seu protagonista, o jovem Ahmad (Ahmad Razvi. Proveniente do Paquistão, onde era um cantor de grande sucesso, Ahmad veio para os Estados Unidos por conta do sonho de sua esposa em querer morar no país. Ahmad abandona todo o sucesso para fazer acontecer a esperança de um futuro melhor para sua esposa. Mas ela faleceu recentemente, e Ahmad perde a guarda do filho para a sua sogra. O seu único sustento é um barraca móvel, ond evende café e bagels. Todo dia, ele acorda as 3 da manhã e busca o carrinho no depósito e vai trabalhar na rua. Ele conhece uma jovem espanhola, que trabalha em uma banda de jornal mas não consegue se relacionar com ela. Um paquistanês que é seu cliente reconhece Ahmad pelo seu passao e procura ajudá-lo a se levantar novamente.
O filme foi adquirido pela Criterion collection, dedicado a filmes artísticos. A narrativa segue toda a cartilha de um documentário ficional. Ahmad Tazvi é um não ator. Ele mesmo havia trabalhado em um carrinho nas ruas de NY. O filme é muito angustiante, tudo dá errado na vida de Ahmad, parece que o roteirista o odeia. É um belo retrato de uma pessoa invisível, mas não recomendo para quem estiver deprimido.
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