segunda-feira, 30 de junho de 2025

F1

"F1: The movie", de Joseph Kosinski (2025) Co-roteirista e diretor de "f1", Joseph Kosinsky dirigiu o mega sucesso "Top gun: Maverick", de 2022 e "Tron Legacy", de 2010. Eu sinceramente não consigo gostar de filmes sobre esportes, e sobre corridas então, eu fujo. Na verdade, 2 filmes ambientados no meio automobilistico me agradaram, que foram "Ford Ferrari" e "Rush", pois tinham um roteiro que focava mais no drama dos protagonistas do que na pista em si. Brad Pitt já havia protagonizado um filme que nunca consegui assistir inteiro, "O homem que mudou o jogo", que sabe-se lá como, entrou na lista da The new York Times de 100 melhores filmes do século XXI e no 45o lugar. O problema deve ser comigo mesmo. Em "f-1", o diretor Kosinsky filmou durante o campeonato de F1, inclusive inserindo equipes e corredores reais na trama. Essa super produção não economizou dinheiro e tudo está ali visível, um mega valor de produção. Brad Pitt é Sonny Hayes, que largou a F1 e vive em um trailer. Após um acidente em 1993 na Espanha, ele deciidu encerrar sua carreira. Mas ele é procurado por seu ex-colega de equipe Ruben Cervantes (Javier Bardem), dono da APXGP F1 Team e que quer que ele faça parte de seu time na F1, junto do jovem corredor arrogante Joshua Pearce (Damson idris) e da diretora técnica Kate McKenna (Kerry Condom), com quem obviamente, irá ter um relacionamento. "Top Gun" e "F1" fazem parte do ambiente que Kosisnky tem habilidades: esportes, ação, pirotecnica, masculinidade, mulheres lindas e sedutoras, adrenalina e claro, uma direção e fotografia impecáveis, aliado à edição e trilha sonora arrebatadoras. Mas fiquei agoniado, rezando para que os quase 150 minutos do filme passasssem voando, assim como os carros na pista.

domingo, 29 de junho de 2025

Castillos de cartón

"Castillos de cartón", de Salvador García Ruiz (2009) Concorrendo ao prêmio de melhor filme no Valladolid International Film Festival, "Castillos de cartón" é um drama erótico envolvendo um trisal. Não tem como não comparar ao clássico de Bernardo Berolucci 'os sonhadores", até porqu6e os 3 jovens protagonistas são belos e sedutores como os de Bertolucci. O filme só não traz o teror político do filme francês, focando mais no drama dos envolvidos no trisal e suas particularidades sexuais. O filme é adaptado do romance homônimo de Almudena Grandes. Nos anos 80, em uma Faculdade de Belas artes, três estudantes de arte se envolvem romanticamente: José (Adriana Ugarte), que é desejada pelos amigos Marcos (Nilo Zimermann) e Jaime (Biel Durán). Marcos é introvertido impotente, e Jaime é mais sexualizado e extrovertido. Basicamente o filme apresenta muitas cenas de s3xo, nudez total do belo elenco, muitos diálogos cansativos e uma incrível falta de tesão nas imagens. O que "Os sonhadores" tinha de química e desejo, aqui fica tudo bem frio, coreografado, soando falso.

Cão branco

'White dog", de Samuel Fuller (1982) Um dos mais polêmicos e controversos filmes dos anos 80, "Cão branco" foi vetado pela própria Paramount, que n só o lançou nos cinemas, e em circuito reduzido, 10 anos depois de estar pronto, e após a morte do cineasta Samuel Fuller. "Cão branco" foi seu último filme rodado nos Estados Unidos. O filme é baseado em romance escrito por Romain Gary, baseado em uma história ocorrida com ele e com a atriz Jean Seberg. O casal, morando em Los Angeles, adotou um cão nos anos 70, e descobriram depois que ele havia sido treinado para atacar pessoas negras. Antes do lançamento, houve uma circulação de que seria um filme racista, e por isso, o filme foi vetado. O filme foi finalmente adquido pelo selo Criterion collection em 2008 e hoje é considerado uma obra prima. A trama apresenta a jovem atriz Julie Sawyer (Kristy McNichol), que atropela um pastor alemão branco sem querer e o leva até um veterinário. Apaixonada por animais, ela decide ficar com ele. Ela percebe que ele ataca pessoas negras e se recusa a matá-lo, levando-o ao treinador negro Keys (Paul Winfield) para entender a possibilidade de curá-lo. Com trilha sonora de Ennio Morricone, o filme é uma "parábola direta sobre relações raciais", segundo um crítico de cinema. A idéia do romance é questionar se o racismo é uma doença mental curável ou um comportamento aprendido, ou se é uma doença intratável. O filme foi lançado na época como um filme de terror, mas anos depois ficou clara a sa metáfora sobre o racismo adquirido por induçao.

Fight or flight

"Fight or flight", de James Madigan (2025) Imaginem um filme de ação com humor ácido, protagonizado por Josh Hartnett e que mistura as tramas de ""Trem bala", com Brad Pitt, 'Serpentes à bordo", com Samuel L Jackson e "John Wick", com Keanu Reeves? Asim é "Fight or flight", uma trama exagerada, repleta de porradaria e cenas de ação que mais parecem desenho animado do Pernalonga, de ntro de um avião que segue da Tailândia para San Francisco. Lucas Reyes (HArtnett) é um ex-agente da Cia que por conta de um trauma durante uma ação, abandonou tudo e se isolou em Bangkok, tornando-se alcólatra. Ele é procurado pela sua ex-namorada, agente da Cia, Katherine Brunt (Katee Sackhoff)para uma missão: embarcar em um vôo até San drancisco, onde ele deve prender um passageiro perigoso. O que ele não poderia imaginar, é que ele mesmo é o alvo, e o avião está repleto de mercenários querendo recompensa por ele. Ele conta com a ajuda da comissária indiana Isha (Charithra Chandran), uma mulher destemida. Para entrar na vibe do filme, tem que curtir a maluquice do roteiro. O filme tem cenas de açã muito doidas, e em uma delas, uma mercenários hipnotiza Lucas, que se imagina em um universo lúdico. ë farsa pura, com o elenco se divertindo bastante em momentos caricatos. O final fica em aberto para uma sequência, a unica parte que achei ruim.

Down the river

"Down the river", de Anucha Boonyawatana (2004) Drama romântico lgbtqiap+ tailandês, "Down the river" apresenta dois melhores amigos que estudam em uma high school, Krit (Prakasit Horwannapakorn) e Vin (Napong Viriyasomboo). Kit é gay assumido e sempre nutriu paixão por Vit, que é hetero. Vit anuncia a Krit que irá se alistar no exército, Krit pede para que Vit vá com ele até o templo budista, e sem que Vit saiba, krit pede ao monge que seus pedidos sejam atendidos , ou seja, que Vit se apaixone por ele. Krit convida Vit para nadar na distante cachoeira de Pachang, mas para sua surpresa, Vit convida também sua namorada e uma amiga dela, o que enfurece Krit. Um filme repleto de sensualidade e como boa parte dos filmes tailandeses, uma atmosfera enevoada, onírica, com alementos de realismo fantástico e de poesia, lindamente fotografada.

sábado, 28 de junho de 2025

Escolinha do babado

"But I'm a cheerleader", de Jamie Babbit (1999) Deliciosa e divertida comédia romântica Lgbtqiap+ co-escrita e dirigida pela cineasta Jamie Babbit. O filme foi um dos primeiros trabalhos de atrizes hoje consagradas, como Natasha Lyone e Michelle Willians. A trama gira em torno de terapias de conversão para jovens queer. No elenco, além de Matasha e Michelle, tem Cathy Moriarty (a esposa de Robert de Niro em "O touro indomável) e aqui no papel da terapeuta de conversão Mary Brown, além de Melanie Lynskey ( a parceira de Kate Winslet em 'Almas gêmeas"), no papel da interna Hillary e Ru Paul, como um dos instrutores da terapia, Mike. Michelle Willians faz uma ponta como Kimberly, uma das irmãs de Megan, papel de Natasha. A cheerleader Megan (Lyon) tem um namorado, mas o evita. Seus pais acham o comportamento dela estranho e a enviam para o True Directions, um campo de terapia de conversão, na esperança de erradicar seus pensamentos homossexuais e trazer de volta a garota normal que os pais acreditam que ela já foi. Organizado à mão de ferro por Mary brown, Megan conhece os outros internos, e logo se apaixona por Graham (Clea DuVall). Mary tenta todos os tipos de exercícios, mas eles são pouco eficientes com o grupo. De noite, enquanto Mary dorme, todo o grupo foge para uma boite gay e ali descobrem a liberdade. A diretora Jamie Babbit quiz fazer um filme que visualmente e nas interpretações fosse um contra ponto para a estética de "Meninas malvadas". Tudo é bem colorido, as performances t6em um ponto acima. Muitas cenas são hilárias, os personagens são bem carismáticos e cada um tem a sua individualidade. A paixão entre Megan e Graham é linda e todo mundo torce por elas.

L'attachement

"L'attachement", de Carine Tardieu (2025) Concorrendo no Festival de Veneza 2024, o drama francês "L'attachement" me comoveu bastante e me fez chorar muito. A roteirista e diretora Carine TArdieu faz de tudo para evitar o sentimelntalismo barato e o melodrama e faz um filme sobre maternidade e luto. Adaptado do romance escrito por Alice Ferney, "L'Intimité", o filme apresenta Sandra (Valeria Bruni Tedeschi) uma mulher de 50 anos, solitária e feminista. Ela é dona de uma livraria que vende livros de conteúdo feminino. Os seus vizinhos da frente, Alex (Pio Marmaï) e Cecile estão grávidos e pedem o favor para Sandra para ela cuidar do filho de 5 anos Elliot (César Botti) enquanto Cecile dá à luz no hospital. Sandra e Elliot passam o dia juntos, e mesmo Sandra tendo pouca intimidade com crianças, ela acaba achando proveitoso. Para tisteza de todos, Cecile falece no parto, dando luz a Lucille. Alex tenta se recuperar do luto, e Sandra acaba ajudando- com Elliot, a quem ela, surpreendentemente, vai se afeiçoando cada vez mais, indo contra a sua tese de querer ter filhos. E para piorar a sua convicção feminista, Sandra se apaixona por Alex e sente vocação em formar uma família, o que a deixa em crise. Um filme brilhante, com roteiro delicado e performances arrebatadoras de Valeria e Pio Marmai. Mas é Cesar Botti, essa criança de 5 anos, que rouba absolutamente todas as cenas do filme. Ele é adorável, inteligente, carismático e apaixonante, e fica fácil entender porque Sandra vai se contrariando em seus ideiais. O final toca a música de Maria Creuza, "Você abusou".

Deva

'Deva", de Rosshan Andrrews (2025) Remake do policial "Mumbai police", "Deva" é uma superprodução indiana, um thriller policial com otimas ceas de ação e claro, uma maravilhosa cena de musical durante um casamento, conforme a cartilha de Bollywood. O filme apresenta um policial, Dev (Shahid Kapoor). Rohan D'Silva (Pavail Gulatie) é o seu melhor amigo, tambem policial, uma pessoa íntegra e honesta. Um dia, ao receber um prêmio pelo seu trabalho, Rohan é assassinado. Dev jura vingança e decide ir atrás do criminoso. Assim que descobre o autor do crime, Dev sofre um acidente e fica desmemoriado e sem a lembrança de quem era o assassino, e precisa recomeçar do zero as investigações. O filme faz de tudo para promover o protagonista Shahid Kapoor para ser um sex symbol. Seu figurino apertado, sua perfomance sedutora, a fotografia e câmera, tudo faz ele exalar masculinidade e tesão. filme é dividido em 2 partes, e mesmo sendo interessante, é longo demais, com 2hr30 de duração. Muitas cenas como a do casamento, são grandiosas e chamam atenção pelo valor de produção. O plt twist da descoberta do assassino é realmente uma surpresa.

Seis Mulheres Para o Assassino

"6 donne per l'assassino", de Mario Bava (1964) Um dos grandes mestres de terror no cinema italiano, Mario Bava realizou "Seis mulheres para o assassino" em 1964, e o filme é considerado o precursor do gênero giallio, movimento que ganhou força no final dos anos 60, com diretores como Dario Argento, Lucio Fulcci e Sergio Martino. Nesse filme, é impressionante o excelente trabalho de fotografia, de Ubaldo Terzano, usando cores fortes e com enquadramentos que mais parecem obras de arte, certamente vanguardas para a época. A trilha sonora, de Carlo Rustichelli, também é um grande momento do filme. Em uma mansão onde existe um grande ateliê, uma modelo, Isabela, é assassinada. Logo, a dona, Cristiana, as modelos e funcionários descobrem que no diário que Isabela mantinha, continham segredos que poderiam incriminar qualquer um deles. O Assassino passa a matar um a um, querendo recuperar o diário.Já nos créditos iniciais já se percebe o grande apuro técnico e visual do filme: todo o elenco posa como se fossem manequins, e com os nomes aparecendo. É de alto nível de estilização. Uma grande obra-prima do cinema que merece ser revisto. É impressionante a caracterização do assassino, usando capa e máscara branca, exatamente igual a Rorschach, dos The Watchmen. Certamente Alan Moore copiou esse look.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Viajantes noturnos

"Nightflyers", de Robert Collector (1987) Nos anos 80 e 90, surgiram tantas cópias mal feitas e de baixo orçamento, verdadeiros caca niqueis, de filmes de ficçao científica, que boa parte desapareceu depois. Alguns revistos hoje, se tornaram cults, outros pérolas kitchs, mas a maioria, morreu no limbo por serem ruins. "Viajantes noturnos" é adaptação de um conto de George RR Martin, que vem a ser o autor de "Tha game of thrones". mas nos anos 80, ele escrevia ficções científicas que ficara bem conhecidas. O filme traz referências de "Blade runner", Alien, o 8o passageiro" e "2001", mas por conta do baixo orçamento, as menções a esses filmes ficaram bem modestas. No século XXI, o cientista D'Brannin decodifica um sinal alienígena dos Valkrens e reune uma equipe seguir com ele: Audrey, Keelor, Darryl, Lilly, Jon Winderman (um telepata), a assistente de Jon, Eliza, e Miranda. Eles embarcam na nave chamada Nightflyer, e são recebidos por um holograma do capitão, Royd Eris. A nave é comandada por um computador, que possui a inteligência da falecida mãe de Royd. Ela fica com ciúmes possessivos de um possível romance de seu filho com uma das tripulantes e decide que ninguém irá embora, matando um a um. O filme é uma delícia. efeitos toscos, figurinos e caracterização cyber punk, uma trilha sedutora e uma direção de arte estranha. Mas o que chama mais atenção é a fotografia repleta de fumaça, um pedido da direção, tornando todo o visual nebuloso.

A cauda do Diabo

"La coda del diavolo", de Domenico de Feudis (2024) Assistindo a esse bom thriller italiano, é fácil chamálo de versão italiana do clássico "O fugitivo", de Andrew Davis, com Harrison Ford e Tommy Lee Jones. Asmbas as tramas são muito parecidas: um agente é acusado de assassinato e uma força policial sai em sua caça, enquanto ele tenta provar a sua inocência. Ambientado na Sardenha, o filme apresenta Sante Moras (Luca Argentero), ex-policial e agora guarda prisional, responsável em tomar conta no cárcere de um traficantes de garotas e aliciador, que assasisnou uma das meninas a sangue frio. O homem é assassinado na prisão e aculpa recai sobre Sante, que foge e tem a polícia em seu encalço. Ele conta com a ajuda de Fabiana Lai (Cristiana Dell'Anna), uma jornalista investigativa que cuida do caso. O filme é bem convencional e a história e a decsoberta no final do mandante dos crimes não é nenhuma surpresa. Bem produzido, com boas performances e bom ritmo, o filme entretém como um passatempo, e só.

Amor e prazer no Irã

"Plaisir d’amour en Iran", de Agnes Varda (1976) Lançado como um aperitivo para seu longa, "Uma canta, a outra não", de 1977, a cineasta francesa Agnes Varda traz a sua narrativa para a cidade de Ispahan, Irã. Ali, um casal, a francesa Pomme (Valérie Mairesse) e o iraniano Darius (Ali Rafoe) fazem um tour pelos palácios milenares da cidade. Pomme decice incitar seu amante e passa a recitar poemas eróticos, comparando as cúpulas dos mosteiros a seios femininos e as torres dos faróis a falos masculinos. DArius fica sem graça e Pomme acha graça de como ele é pudico. Com belíssimas imagens registrando os palácios e suas pinturas, o filme traduz poema visual, artifício bastante comum nos filmes de Varda. Exalando feminismo através da personagem Pomme, que toma a frente na sedução e no jogo erótico com seu amante, traduzindo a sua liberdade como mulher.

Acampamento Sinistro 3

"Sleepaway Camp III: Teenage Wasteland", de Michael A. Simpson (1988) Filmado simultâneamente com a parte 2 de 'Acampamento sinistro 2", em 1988, para economizar orçamento com equipe, locação e no cachê da protagonista, 'Acampamento sinistro 3" consegue a proeza de ser ainda pior do que a pavororsa parte 2. O filme original, de 1983, é um clássico slasher, e foi escrito e dirigido por Robert Hiltzik, que trouxe ousadia nas mortes violentas e na revelação de que a protagonista na verdade era uma mulher trans. Tanto a parte 2 e 3 ignoram totalmente a questão de gênero da protagonista e ela passa como mulher cis. Um ano após os eventos do filme anterior, Angela (Pamela Springsteen, filha de Bruce Springsteeen e muito má atriz) mata a monitora Maria enquanto esta se dirige ao acampamento de verão Rolling Hills, reaberto como New Horizons. Herman e Lilly, os novos donos do local, iniciam um projeto de integração entre adolescentes ricos e pobres. Angela se infiltra entre os campistas, assumindo a identidade de Maria. Ao perceber que os atuais adolescentes se comportam pior que os primeiros que cruzaram seu caminho, ela começa uma nova matança.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Acampamento sinistro 2

"Sleepaway Camp II: Unhappy Campers", de Michael A. Simpson (1988) Em 1983, foi lançado um dos slashers mais bizarros e controversos do cinema de terror: "Acampamento sinistro", escrito e dirigido por Robert Hiltzik. Com mortes violentas, envolvendo monitores e frequentadores de um acampamento (na cola de "Sexta feira 13", o whodunit surpreendia no final: o assassino na verdade era ela, uma transgênero, uma ousadia para a época. Cinco anos depois, é lançada a parte 2, dessa vez sem a protagonista original, a atriz Felissa Rose, que estava se matriculando na Universidade de NY e preferiu se dedicar aos estudos. Coube à Pamela Springsteen ( filha do cantor Bruce Sprinsteen, uma informação que ela escondeu de todo mundo) dar vida à Angela, agora recém saída da prisão e retornando a um outro acampamento. Ela trabalha como monitora, e acaba sendo promovida. Angela pune todo mundo, monitores, frequentadores, crianças que se comportam mal. Uma pena que essa continuação esteja há anos luz de qualidade do filme original. Pamela Sprinsteen é muito má atriz, além de todo o elenco. As cenas de morte são pavororsas, nenhuma se vê em cena, e o ritmo é arrastado. A trama é doida, e o tom do filme ainda traz muitos elementos d ehumor ácido e paródia, como uma inacreditácel cena onde dois monitores, vestidos de Jason e Freddy Krueger, são atacados por Angela vestida de Leatherface. A questão da personagem ser trans é totalmente ignorada aqui na história.

Bill 79

"Bill 79", de Mariano Galperín (2023) Escrito, produzido e dirigido pelo argentino Mariano Galperin, "Bill 79" é um drama baseado em fatos reais. O protagonista é o pianista norte americano William John "Bill" Evans, um dos mais importantes músicos de jazz da história, sendo até hoje uma das referências do piano de jazz pós-50. Ambientado em 1979, no mesmo ano em que seu irmão George (Walter Jacob) e de sua ex-esposa Kiki (Julia Martinez Rubio) cometem suicídio. Desolado com o incidente, Bill decide partir para uma tour para a Argentina, para lançar seu novo disco. AO chegar na pequena cidade de San Nicollas, sua assessora descobre que somente foram vendidos 8 ingressos. O político local alega que os moradores decsonhecem a música de Bill, e de que na mesma data do concerto haverá um concurso de beleza local, que esta movimentando a cidade. Bill é convidado para tocar durante o concurso de beleza. Frustrado, Bill se afunda nas drogas e bebidas. Achei o filme interessante. Tem uma ótima produção, considerando ser um filme de orçamento médio. Atores argentinos interpretam os americanos. O filme varia vez em outra em tom, chegando alguns momentos de humor e outros de drama. É curioso pelo inusitado do tema.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

I don't understand you

"I don't understand you", de David Joseph Craig e Brian Crano (2025) Escrito e dirigido pela dupla David Joseph Craig e Brian Crano, "I don't understand you" é uma comédia terrir Lgbtqiap+ com elementos slasher que traz referências a filme tipo "O massacre da serra elétrica" e "Os estranhos". Eu queria muito ter amado o filme, que ainda traz a participação especial de Amand Seyfried e locações belíssimas em Ladzio, Itália. Mas a brincadeira do filme se esgota rápido e ficou tudo repetitivo e arrastado. Fosse um curta, seria maravilhoso. mas como longa, perdeu o timing e aquela sensação de piada esticada. O que mais amei de tudo, foi conhecer a música "Only me", de Daniele Benati", pela qual fiquei apaixonado. O casal americano Cole (Nick Kroll) e Dom (Andrew Rannells) são ricos e moradores de Los Angeles. Vivendo aquele momento do casamento onde tudo parece estahnado, eles anseiam por um filho adotivo para dar um ânimo, mas está difícil. Eles gravam um vídeo e compartilham, esperando que alguém queira doar o casal para eles. Eles decidem viajar para a Ita'lia para comemorar o 10o aniversário da relação. Ao cheagarem lá, , um velho amigo do pai de Dom organiza um jantar para comemorar o aniversário deles em um restaurante rural em Orvieto, fechado há vários meses. A cozinheira quer reabrir o restaurante só para eles. Eles se perdem no meio do nada, mas um fazendeiro os ajuda, e quando chegam ao restaurante, são recebidos pela proprietária, a idosa Zia Luciana. Mas a falta de comunicação ( ela só fala italiano, eles somente inglês, e o celular não tem sinal), faz com que toda a comunicação fique truncada. Quando a família dela chega, acontece um verdadero massacre por conta de mas entendidos. Os dois atores são, ótimos, assim como os italianos do núcleo familiar. Amanda Seyfried faz participação pequena e não chega a chamar atenção.

terça-feira, 24 de junho de 2025

A magia do tempo

"Maimai Shinko to sennen no mahô", de Sunao Katabuchi (2009) Animação japonesa que retrata a nostalgia do passado, ambientado no Japão de 1955, às vesperas da modernização industrial e de consumo. Shinko Aoki, uma menina da 3ª série mora em Mitajiri, uma área rural do Japão. Seu avô conta para ela histórias do passado, e essas histórias excitam Shinko, que se imagina interagindo com personagens de mil anos atrás, abusando de sua criatividade. Mais tarde, Shinko faz amizade com a nova aluna transferida, Kiiko Shimazu, filho de um médico de Tóquio e que foi transferido. Ao visitar a casa de Kiiko, Shinko se encanta com os eletrodomésticos e outros elementos que ela desconhecia, já que na região, tudo é bem rústico. As duas se tornam grandes amigas, e junto dos meninos da escola, o grupo se envolvem em várias aventuras. Shinko e Kiiko também sonham com a vida da Princesa Nagiko um milênio atrás. Apesar da atmosfera e dos traços bem infantis, senti que é uma história complexa para a criançada, por conta das viagens temporais, do ritmo mais arrastado e da falta de elementos lúdicos que prendam a atenção dos pequenos. A inserção de personagens do passado interagindo com os personagens contemporâneos ficou interessante, mas faltou mais magia e encantamento ao filme para que ele seja mais sedutor.

Titan- O desastre do Oceangate

"Titan: The OceanGate Disaster", de Mark Monroe (2025) Quando eu soube que iriam lançar um documentário sobre a tragédia do submarino "Titan", da empresa Oceangate, eu fiquei excitado. Afinal, essa história movimentou o mês de junho de 2023, e entre memes e animosidade da opinião pública, o resultado foi que os 5 tripulantes morreramm no evento. A expedição seria para descer até os destroços do Titanic. Os mortos eram: Stockton Rush, dono e CEO da OceanGate, o bilionário inglês indiano Shahzada Dawood e seu filho de 19 anos Suleman Dawood, o bilionário inglês Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, ex-comandante da marinha francesa parceiro nas expedições de Rush. Mas depois de assistir ao filme, que foi exibido em Tribeca, eu fiquei muito frustrado. Achei tudo muito chato e sem dinâmica, com os costumeiros depoimentos de ex-funcionários, ex-passageiros e todo um histórico sobre Rush e seu submarino. Não era esse o filme que eu queria. Eu queria um que focasse na tragédia e nos mortos, que desse uma luz sobre porque bilionários decidem pagar uma fortuna para entrar em um submarino nitidamente construído de forma frágil, de fibra de carbno, e tendo que assinar documentos dizendo estarem cientes de que poderiam morrer. Um que trouxesse o suspense do sumiço, a opinião pública, todo o terror de parentes e amigos, até chegar no anúico da morte. Nada disso existe no filme.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Video barn

"Video barn", de Bianca Poletti (2025) Competindo no SXSW 2025, "Video barn" é um curta de terror fantástico que homenageia os anos 80. AMbientado em uma cidade pequena, e dentro de uma locadora de VHS, duas amigas que trabalham como balconistas estão assistindo a "O massacre da serra elétrica". Jules (Grace Van Dien) e Hannah (Reina Hardesty) conversam sobre filmes de terror. Hannah lembra que tem um encontro e precisa sair mais cedo, deixando Jules sozinha. No dia seguinte, Jules não apareceu para trabalhar. Hannah estranha. Ao assistir a tv da loja, Jules surge do nada, vestida como garota propaganda dos anos 60 e pedindo para Hannah apertar o play e rodar uma fota VHS. O roteiro é bem mediano e nao traz uma reviravolta surpreendente. Parece até um episódio de Black mirror, com uma vibe meio Cronemberg e Jordan Peele.

Amiko

"Amiko", de Yôko Yamanaka (2017) Escrito e dirigido pela japonesa Yôko Yamanaka aos 20 anos de idade, "Amiko" é um premiado drama intimista e minimalista sobre uma menina de 10 anos de idade, ), Amiko (Aira Sunohara) moradora da ilha de Nagano, onde mora com seu pai. Aomi é inquieta e observa o mundo ao seu redor de uma forma rebelde. Ela vai para a escola todos os dias, aborrecida com tudo. Até o dia em que conhece o menino Aomi (Hiroto Oshita), um jogador de futebol que tem os mesmos gsostos do que ela: curte Radiohead. Imediatamente Amiko se apaixona por ele. "Amiko" foi rodado com surpreendentes 2500 dolares de orçamento. É um filme simples, que até custo a acreditar que curtou tal valor, por conta da quantidade de figuração na escola e pela quantidade de locações. Me faz lembrar o naturalismo dos filmes de Eric Rohmer. Um filme ok, ritmo lento, às vezes interessante, às vezes entediante, mas com boa performance da menina Aira Sunohara.

domingo, 22 de junho de 2025

Um guia lésbico de como sobreviver ao roteiro

"Bulletproof: A Lesbian's Guide to Surviving the Plot", de Regan Latimer (2024) A cineasta Regan Latimer relata no início do documentário que foi fazer um pitching sobre o projeto "Um guia lésbico de como sobreviver ao roteiro", um apanhado de séries e filmes onde as personagens lésbicas ou morriam, ou eram torturadas e não tnham direito a um final feliz. Ao final do pitching, o avaliador falou: "E a quem interessa isso?" Com essa provocação, Regan Latimer decidiu ela mesma levantar fundos para o projeto, que ela entendeu ser mais do que necessário. O ponto de partida foi o ano de 2016, que ela chama de "Holocausto lésbico": em menos de 10 dias de programação teevisiva, 7 personagens lésbicas foram mortas nas séries: "The 100", "The walking dead", "Game of thrones", "Orange is the new black". Em 2016, foram 25 mulheres queer mortas. Dividido em atos, o filme a gênese de programas dos anos 80 em diante, que a ajudaram a entender a sua formação e a sua orientaçao sexual, desde boas ou más representações. Séries como "Buffy", "Arquivo X", The L world", Xena", Ellen de Generis", Glee", Greys anatomy", entre outros, tiveram personagens gays que tiveram repercurssão na comunidade lésbica. No último ato, em 2021, Regan destaca o quanto o nível das séries evoluiu em diversidade nos diálogos, a ponto dele assistir a um episódio da série "Feel godd", e descobrir, através do personagem, que elu é não binário, que é como Regan se identifica a partir de agora. O filme traz excelentes debates com roteiristas e show runners, provocados com a pergunta de porque mataram personagens queer? Na pauta final, foram listados 6 itens importantes para entender melhor a representatividade: 1) Diversidade entre roteiristas 2) Mais personagens principais queer 3) Melhor desenvolvimento dos personagens 4) Respeitar e entender a hierarquia 5) conflitos e riscos são necessários 6) cuidado ao escalar atores famosos

Para casa

"Evge", de Nariman Aliev (2019) "Para casa" é um filme devastador, um épico intimista que me fez chorar muito na relação desgastada de pai e filho, que aprendem a se apaixonar no caminho até a sua terra natal na Creméia. Drama ucraniano que concorreu no Festival de Cannes na Mostra Un certain regard e vencedor de diversos prêmios internacionais, "Para casa" foi escrito e dirigido por Nariman Aliev, que filmou quando tinha 26 anos de idade. É o seu primeiro longa, após uma carreira premiada de curtas comoventes que trazem o patriotismo ucraniano. Eu precisei fazer uma breve pesquisa sobre a Guerra da Creméia, onde a população foi expulsa e somente em 2014 pode retornar. Os conflitos entre Ucrânia, Creméia e Russia são a base do filme, falado nas 3 línguas e deixado claro o quanto que integrantes de cada comunidade se estranham, não somente em termos culturas, quanto religiosos. Após a morte de seu filho mais velho, Nazim, que lutava pela Ucrânia contra as forças apoiadas pela Rússia em Donbass, o tártaro da Crimeia Mustafa (Akhtem Seitablaev) chega a Kiev, determinado a levar o corpo do jovem de volta à sua cidade natal na Crimeia. Além disso, ele exige que o irmão mais novo de Nazim, Alim (Remzi Bilyalov), atualmente estudando jornalismo em Kiev. Mustafá e irrita ao saber que Nazim namorava uma jovem cristã, enquanto a rleigião na crimeia é ortodoxa. Durante a viagem até a Criméia, pai e filho discutem, se agridem, passam por muitas dificuldades. Porém, é a oportunidade que Alim terá para entender a história de sua ancestralidade, de seu pai e de seu avô, uma história apagada para a sua geração. Livremente inspirado na história de seu assistente de direção, o diretor Nariman Aliev traz um filme sensível sobre a relação pai e filho, defendido com garra pelos atores. Akhtem Seitablaev, que interpreta o pai, lembra Gerard Butler. Remzi Bilyalov) já havia trabalhado com o diretor em alguns de seus curtas.

Sem você

"Sensiz", de Nariman Aliev (2016) Concorrendo no Festival de Berlim na mostra geração, dedicado a filmes com tema sobre a judentude, "Sem você" é escrito e dirigido pelo cineasta ucraniano Nariman Aliev, que realizou o filme com 22 anos de idade, e dedcou o filme a seu irmão. O filme apresenta dois irmãos, Fevzi (Fevzi Bilyalov) e Remzi(Remzi Bilyalov) que v6em da cidade grande para o aniversário do irmão mais velho, na área rural da Ucrânia, devastada pela guerra contra a Rússia. Quando o carro deles quebra o caminho, Remzi decide seguir a pé, mas Feczi diz que é longe demais, mas decide acompanhar o irmão. Seguindo por planícies, pradarias e rios, eles seguem obsessivamente o desejo de comemorar o aniversário. O desfcho do filme é surpreendente e bastante comovente: na verdade, o irmão mais velho morreu em batalha, e os irmãos comemoram o que seria o seu aniversário em vida. Com um pano de fundo traumático sobre os horrores da guerra, um filme que transita entre o poético e o trágico.

Marshmallow

"Marshmallow", de Daniel DelPurgatorio (2025) Quando li que saiu um novo slasher ambientado em um acampamento de verão na beira de um lago, pensei: "mais um". O atual cinema de terror insiste em revisitar essa fórmula desgastada por "Sexta feira 13" e que resultou em filmes terríveis, como o recente "Hell of a summer". Durante 2/3 do filme, fiquei assistindo a tudo de forma aborrecida, acompanhando os mesmos clichês de sempre: protagonista que sofre bullying, monitores sexualizados, a ida ao banheiro na madrugada naquela casinha separada, o garoto escroto, a menina mimada, a história de terror contada na fogueira, e um passado envolvendo um serial killer que obviamente, espreita a região e doido para atacar a garotada. Eu estava doido para que o serial killer atacasse a garotada até porque é raro ver filmes slashers que matam a criançada ( a "Rua do medo" foi uma das últimas exceções). Mas qual não foi a minha surpresa quando chega o ato final. O filme dá uma rveiravolta digna de "Black mirror", uma trama que se torna totalmente bizarra e até compreensível. E é aí que o filme se torna interessante. Não que o filme como um todo seja bom, até porque quem curte um bom slasher, vai sentir falta de mortes. Mas não deixa de ser uma tentativa de dar uma revigorada em fórmulas gastas. Uma pena que o plot twist final dure pouco, seria lindo ver a chacina comandada pela garotada.

Minha vida sexual

"Veata mea sexuala", de Cornel George Popa (2010) Drama romeno escrito e dirigido por Cornel George Popa. Após o fim do comunismo na Romênia, Dorina (Vasile Calofir) precisa arrumar um emprego. Sua mãe faleceu, e ela cuida do pai doente e do filho pequeno. Dorina tenta procurar emprego, mas não consegue nenhum. Ela teve que abandonar a faculdade para ter que cuidar do seu pai. Ela acaba se oferecendo para trabalhar em uma sex shop 24 horas, como atendente. Ela precisa lidar com um universo machista que a amaltrata e objetifica. "Minha vida sexual" é daquela leva de filmes romenos angustiantes que vão apresentando uma protagonista feminina que vai afundando no poço. Todo o seu redor é formado por pessoas que a botam para baixo, apresentando uma sociedade fria e intolerante. A diferença é que aqui no filme, o diretor reserva um pouco de humor inusitado, na figura de um cliente apaixonado por Dorina. Um filme curioso, mas distante das grandes obras romenas.

sábado, 21 de junho de 2025

Love/juice

"Love/juice", de Kaze Shindo (2000) Vencedor de 2 premios especiais no Festival de Berlim, "Love/juice" é um drama lésbico sobre o relacionamento de 2 melhores amigas. Kyoko (Chika Fujimura) e Chinatsu (Mika Okuno) dividem um pequeno apartamento para ajudar nas despesas. Kyoko é hetero, Chinatsu é lésbica. Elas compartilham suas histórias e até mesmo a cama, como amigas. Quando Chinatsu é dispensada pela namorada, ela entre em depressão. Ao relatar a tristeza para Kyoko, essa a abraça e a beija, e dormem juntas, mas sem sexo. Esse carinho de Kyoko faz com que Chinatsu pense que Kyoko pode querer um relacionamento com ela. Mas Kyoko insiste que é hetero e que gosta de homens. Chinatsu insiste, e por isso, sofre. Um filme que fala sobre a angústia de se apaixonar por um amigo e não ser correspondido. Todo mundo já passou por uma situação dessas na vida, e aqui, o filme alterna entre momentos de humor, doçura e também dramaticidade, envolvendo até uma tentativa de suicídio. Um filme sensível, bem atuado e com bela fotografia, lembrando os filmes de Wong Kar Wai em início de carreira.

First love- A litter on the breeze

"Choh chin luen hau dik yi yan sai gaai", de Eric Kot (1997) "First love- A litter on the breeze" é um filme produzido por Wong Kar Wai e fotorgrafado pelo seu fotógrafo australiano, Christopher Doyle, que ajudou a imprimir o estilo de cinema do cineasta de Hong Kong. Dirigido por Eric Kot, o filme é uma confus mistura de gêneros: documentário, drama, romance, com uma narrativa metalinguística. O próprio Eric Kolt interpreta um cineasta que narra as suas dificuldades com a produção. O filme pode ser dividido em 3 atos: 1) Eric kot narra o processo d erealizar o filme, a sua relação com equipe e elenco e comenta sobre Wong Kar Wai. 2) Uma jovem sonâmbula (Lee Wai-Wai) perambula pelas ruas de noite. Um lixeiro (Takeshi Kaneshiro, astro de vários filmes de Wong Kar wai) percebe e a segue, para salvá-la de situações perigosas, e se apaixona por ela 3) Eric Kot dá vida a um homem que reencontra seu primeiro amor (Karen Mok) dez anos depois de deixá-la no altar O filme começa com uma nota curiosa: durante os créditos, toca a música "Tic tic tac" em versão chinesa, é bem surreal. Apesar das belas imagens e do estilo que lembra os filmes de Wong Kar Wai, é um filme difícil de se assistir. Caótico, fragmentado, confuso, é bem chato e pretencioso.

Maníaco

"Maniac", de Franck Khalfoun (2012) E se 'Drive", de Nicholas Windn Refrn, fosse um filme de terror? Com essa provocação, "Maníaco" procura ser um filme totalmente estiloso, um slasjer que busca uma nova linguagem. Remake de um clássico cult slasher de 1980, "Maníaco" foi dirigido por Franck Khalfoun, realizador de "Piranha 3D", "Oxigênio" e "p2", com produção e roteiro de Alejandro Aja, um dos papas do extreme french terror. Protagonizado por Elijah Wood, que se desvencilha totalmente do bonzinho Frodo de "Senhor dos aneis" e assume a persona do brutal serial Killer Frank, dono de uma loja de manequins e por conta de um taruma com sua mãe, decide escalpelar mulheres e vestir os cabelos nas manequins. O filme original se passa em new York e o remake em Los Angeles, apresentada em ruas tão desertas, que parece até que se passa durante o lockdown. O filme foi exibido no Festival de Cannes e teve críticas mistas. Muita gente reclamou da misoginia do filme e da morte violenta das mulheres e 'único homem que morre, é um gay. Para mim, o maior erro foi técnico e narrativo: o filme é todo pelo ponto de vista de Frank. Você so vê Elijah Wood pelos refexoes do espelho ou até mesmo da faca. No restante do filme, só ouvimos sua voz. Essa narrativa enfraquece o filme e elimina boa parte da tensão. E também, todo mundo certamente iria querer ver Elijah Wood nas cenas.

We girls

"Xiang yang: Hua", de Xiaogang Feng (2025) Contudente drama carcerário chinês, e que traz a sororidade como pano de fundo na história de mulheres que foram presas por viverem em um mundo onde os homens as tratam de forma violenta e abusadora. Gao Yuexiang (Zhao Liying) foi presa por se apresentar em sites de stripper. A sua intenção era ganhar dinheiro para comprar aparelho auditivo para sua filha deficiente auditiva, já que seu marido é um vagabundo. Mao Ah (Lan Xia) é uma jovem de 18 anos deficiente auditiva. Ela foi adotada por uma gangue controlada por um chefe violento, que as ensina a roubar. Pelo fato de Gao saber a língua dos sinais, ela é designada a ser responsável por Mao Ah. A guarda carcerária Deng Hong (Chuai Ni) tem um bom coração r começa a entender o verdadeiro motivo da prisão das duas mulheres. Dois anos depois, elas sã soltas, mas a dificuldade de se inserir na sociedade que as condena, faz correrem o risco de terem que voltar ao mundo do crime. Um filme sofrido, com muitas tragédias e as protagonistas agonizam em muitas sub-tramas violentas e abusivas. É difícil assistir ao filme, por conta da angústia, que é amenizada pelo excelente trabalho do elenco feminino e pela mensagem positiva ao final. Mas até lá, se preparem para sofrer bastante.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Muito louca

"Re loca", de Martino Zaidelis (2018) Remake de uma comédia chilena de 2016, 'Sem filtro". que já foi adaptada para vários países. Nessa versão argentina, todo o sucesso do filme está no comando da atriz Natália Oreiro, excelente como Pilar, uma mulher que chega aos 40 anos e tudo na sua vida está dando errado. Recém casada com um artista plástico preguiçoso, Javier (Fernán Mirás), que trouxe seu filho adolescente e inconsequente Nicolás (Lucas Pose) para morar com eles. Na agência de publicidade onde trabalha, Pilar sofre etarismo e misoginia de seu chege, que coloca uma assistente mais jovem para dar uma guinada na mídia digital. O ex-namorado de Pilar, Pablo (Diego Torres) está de casamento marcado com Sofía (Gimena Accardi), um desafeto de Pilar. Quando atravessa uma ponte de noite, Pilar encontra um idoso, Fernando Salaberry (Hugo Arana), que lhe sugere um ritual d epurificação e que irá transformar a vida de Pilar. Pilar decide colocar todos os seus sentimentos e angústias para fora, o que ira mudar a sua relação com todo mundo. O filme é uma divertida comédia dramática, que alterna bons momentos de humor com outros mais exagerados, mas ainda assim, arrancando algumas risadas. Ma sno fundo, é uma metáfora sobre etarismo, sobre a busca da consicência e da auto estima e empoderamento feminino, abafado por outras pessoas que colocam Pilar, uma mulher reprimida, para baixo.

El puto inolvidable

"El puto inolvidable", de Lucas Santa Ana (2018) Documentário lgbtqiap+ argentino, que traça um retrato de Carlos Jáuregui, ativista LGBT pioneiro do movimento no país. Na década de 80, foi o primeiro homem assumidamente gay a estampar a cada de uma revista, e promoveu a primeira Parada do Orgulho. Sua luta pelo direitos da comunidade e a legislação argentina. Em 1996, ele faleceu em decorrência de complicacões do HIV. que perdeu a vida em sua batalha pessoal contra o HIV em 1996. Ele lutou pela visibilidade de gays e lésbicas em questões de direitos humanos. Três dias após sua morte, Buenos Aires alterou sua constituição para incluir a cláusula antidiscriminação com base na orientação sexual. Mais tarde, as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo foram aprovadas , tornando a Argentina o primeiro país do Cone Sul a ter esse tipo de política. enfadonho: O filme é importante como registro histórico da luta da comunidade queer na Argentina.

Green bones

"Green bones", de Zig Madamba Dulay (2024) Premiado drama filipino ambientado em um sistema carcerário nos arredores de Manilla. O filme é um melodrama que me fez chorar bastante, e me fez lembrar do excelente "Milagre na cela 7", filme turco que arrancou lágrimas de todo mundo na relação pai e filha. Aqui,a relação que deixará todo mundo triste é entre um tio e sua sobrinha. Green bones é uma lenda que diz que quando a pessoa morre e é cremada, se encontrarem ossos verdes, é sinal de que a pessoa foi boa em vida O filme é dividido em 2 partes: uma pelo ponto de vista de também Dom (Dennis Trillo), um detento que passou uma década em várias instituições correcionais. Ele é suspeito de ter assassinado a irmã e a filha pequena dela. A 2a parte é pelo ponto de vista do guarda carcerário Xavier (Ruru Madrid), que guarda um trauma de sua infâcia, quando sua irmã for morta. Por conta disso, ele quer que Dom pague pelos seus crimes e quando descobre que. apena dele está chegando ao final, por bom comportamento, ele intervém. Mas o filme reserva uma virada, essa, que faz todo mundo chorar. O filme é bem dirigido e traz ótimas atuações dos dois atores principais, que são galãs nas Filipinas. O melodrama é exagerado, mas é justamente o que segura a atenção do espectador.

Truffaut au Présent

"Truffaut au Présent", de Axelle Ropert (2014) Em 2014, a cinemateca francesa convidou a cineasta Axelle Ropert para desenvolver 3 curtas, aqui reunidos em um único filme: atrizes, atores e casais. A idéia era homenagear François Truffaut, que teria uma exposição na cinemateca. Alguns dos melhores atores e atrizes da nova geração francesa vão fazer audição para um filme com a linguagem de Truffaut. A cineasta faz as audições da mesma forma que Truffaut fez com os atores, até escolher Jean Pierre Leaud para "Os incompreendidos", e Marie Dubois para ‘Atirem no Pianista". Além de cenas que deveriam ser decoradas e encenadas, Truffaut fazia perguntas como : Como você se vê em 20 anos? Que tipo de adolescente você era? Descreva sua personalidade. Qual papel voc6e gostaria de interpretar? Qual papel você odiaria representar? Saberia dizer em uma palavra quando você atuou bem? Conte um de seus pesadelos. Voc6e tem segredos? No final, a cineasta dá a mesma cena para os casais que ela formou, e o espectador pode sentir como Truffaut deixou uma marca em sua forma de fazer seus atores interpretarem, mesmo com atores de gerações atuais. O elenco é formado por Anne Azoulay, Agathe Bonitzer, Laetitia Dosch,, Julia Faure, Esther Garrel, Adèle Haenel, India Hair, Swann Arlaud, Vincent Lacoste, Grégoire Leprince-Ringuet, Vincent Macaign, Nicolas Maury. Rodolphe Pauly e Thibault Vinçon.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Extermínio- A evolução

"28 years later", de Danny Boyle (2025) Confesso que me irritam filmes que acabama abruptamente, com uma cena cliffhanger, que tem que deixar o público esperando anos para acompanhar a continuação. Ainda mais com um personagem importante que surge no filme faltando 5 minutos para acabar. Em 2002, quando o diretor Danny Boyle e o roteirista Alex Garland lançaram 'Extermínio", Cillian Murphy era ainda um jovem pouco conhecido e já despontava para o estrelato. O filme ficou famosos pelas imagens do centro de Londres totalmente vazias, dando credibilidade à epidemia do vírus da raiva que ká se alastrava há 28 dias. Em 2007, foi lançado 'Extermínio 2", com outro diretor, roteirista e elenco, e a história se passava 28 semanas depois da infecção. Agora, é lançado "Extermínio- a evolução", se passando 28 anos depois. Para quem assistiu toda a série "The walkingd ead", e até a franquia "Um lugar silencioso", é difícil não dizer que muitas idéias do roteiro vieram desses projetos: a comunidade isolada e fortemente viligada, com a população vivendo uma vida aparentemente normal; a cena do trem abandonado, que existe em "Um lugar silencioso 2"; a evoluçao dos zumbis, que aqui, são divididos em especimes: os rastejantes e os poderosos Alfas. E principalmente, o mote do filme, que é a aula de como matar zumbis, qie já havíamos visto em "The walkig dead" com o filho de Rick aprendendo a matar e tendo medo. Mas tentei abstrair tudo isso e me deixei levar pelo filme. O elenco, encabeçado por Aaron Taylor Johnson (Jamie), Jodie Comer (Isla) e o filho deles, Spike (Alfie Williams), além de Ralph Fiennes, no papel do dubio Dr Kelson. Todos estão excelentes, e a surpresa é que o protagonista é o menino, que carrega o filme todo nas costas. O filme é mais dramático e traz um grande conflito para Spike: tentar achar uma cura para uma doença sem diagnóstio de sua mãe. Aliás, a cena envolvendo Isla e Dr Kelner e o pequeno Spike é das mais belas do filme, comovente.

Manuela

"Manuela", de Clara Cullen (2022) Escrito e dirigido por Clara Cullen, "Manuela" é um premiado drama da Argentina rodado em Los Angeles com um orçamento mega apertado de 75 mil dólares. O filme começa com uma cena onde uma mulher, Manuela (Barbara Lombardo) corre com a pequena Alma (Alma Farago), uma menina de 3 anos através da fronteira Los ANgeles e México. O filme volta ao tempo, para que o público entenda o que está acontecendo. Manuela é uma imigrante mexicana procurando emprego em Los Angeles, sem sucesso. Até que consegue um emprego de babá na casa da rica Ellen (Sophie Buhai), uma jovem solteira, mãe de Alma. Ellen teve Alma por fertilização in vitro e não quer nenhum homem na sua vida. Ela viaja constantemente. Manuela cria uma intimidade forte com Alma, quase se tornando uma 2a mãe. Mas uma tragédia mudará o rumo das personagens. O filme é rodado com uma narrativa de filme indie, e as performances são totalmente naturalistas, se assemelhando a filmes dos Irmãos DArdenne ou como alguns críticos sugeriram, de Sean Baker. A pequena Alma é filha da diretora e por isso, está à vontade nas cenas. Alguns momentos são angustiantes: quando Alma desaparece no metrô, quando um homem predador tenta assediar Manuela.

Sally

"Sally", de Cristina Constantini (2025) Premiado no Festival de Sundance 2025, "Sally" é um documentário poderoso que traz o machismo dentro da Nasa e na sociedade americana. Sally Rides, falecida em 2012 aos 61 anos, foi a primeira mulher americana no espaço. ela fez parte da equipe do Challenger, que voou em 1983. O filme mostra o quanto Sally sofreu dentro de um ambiente tóxico e misógeno, que a desconsiderava e a humilhava. Enquanto os homens voltavam como heróis, às mulheres davam um tratamento de curiosidade, algo inusitado, sem dar valor à altura, sendo que as mulheres faziam exatamente o mesmo treinamento pesado e no espaço, tinham as mesmas funçoes. Tem uma passagem agressiva que mostra um grupo de astronautas oferecendo abosrventes e kit maquiagem às mulheres, como sendo o kit sobrevivência delas. Mas o pior ainda estava para ser anunciado, assim que Salle faleceu: durante 27 anos, ela manteve um relacionamento às escondidas com sua amiga de infância Tam O'Shaughnessy, uma tenista, outra paixão de Sally. Com medo de sair do armário, em uma época onde a sociedade não respeitava a comunidade lgbt, Sally não pode viver seu amor com Tam à vista de todos, pegando de surpresa amigos próximos, que decsonheciam a relação.

Quatro mães

"Four mothers", de Darren Thornton (2024) Nossa, chorei e ri demais nessa linda dramédia irlandesa, um remake do italiano de 2008 "Almoço em agosto". Filmado com muita delicadeza e sensibilidade pelo cineasta Darren Thornton, o filme lida com temas bastante contemporâneos: a velhice, a vida de gays solteiros e como lidar quando você é filho solteiro e tendo que cuidar de mãe idosa e doente. O romancista gay Edward (James McArdle) é órfão de pai e mora com sua mãe, Alma (Fionnula Flanagan) que teve um derrame e se comunica com um comunicador de voz que ela digita no Pida. Edward de dica a sua vida para cuidar de sua mãe e isso atrapalha a sua vida pessoal e profissional. Quando ele é chamado para faezr um tour nos Estados Unidos para promover seu novo livro, ele fica em conflito, pois teme deixar sua mãe em um asilo por 2 semanas. Para piorar, 3 dos seus melhores amigos, todos gays e solteiros e também cuidando sozinhos de suas mães, decidem curtir a vida e irem até a Parada Lgbt na Espanha, e deixam suas respeoctivas mães com Edward, uma pessoa altruísta e que não sabe dizer não. Do nada, agora ee é obrigado a cuidar de 4 senhoras idosas. O filme traz um elenco excelente, captaneado por James McArdle, que está excelente como o gay depressivo e enlutado. As atrizes que interpretam as mães também estão incríveis, e todo mundo transitando entre drama e comédia. Um filme delicioso, impossível não se emocionar

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Sister midnight

"Sister midnight", de Karan Kandhari (2025) Concorrendo na quinzena dos realizadores do Festival de Cannes 2025, essa produção Reino Unido, Índia e Suécia é de difícil classificação como gênero. Na maior parte do tempo, parece uma mistura do cinema de Wes Anderson com Aki Kaurismaki, repleto de tempos estendidos, reações patéticas e mostrando o lado absurdo da vida. A fotografia e a câmera exaltam a estilização narrativa, com elementos surreais e lúdicos. Um pouco de drama, humor ácido, surrealismo e até animação stop motion. O pano de fundo apresenta a sociedade patriarcal na Índia, que ainda induz mulheres a se casarem sem um compromisso de amor. Uma (Radhika Apte) e Gopal (Ashok Pathak) são da aárea rural e após se casarem, se mudam para a cidade grande. Eles moram em um pequeno quarto repleto de eleentos. Gopal, o marido, é tímido e não cosegue fazer sexo com Uma. Ela claramente está infeliz no relacionamento. Gopal trabalha e mantém a casa. Uma decide ir atrás de um trabalho. Quando ambos sã convidados para o casamento de um parente de Gopal, Uma é piada por um inseto. A partir desse momento, ela muda de comportamento, mordendo e matando animais no pescoço. O filme tem momentos ótimos, poéticos e divertidos, com outros claramente estranhos e metafóricos, como os animsis apresentados em stop motion e a forma violenta como ela lida com os animais, matando-os. Os atores estão ótimos na proposta ousada do diretor. Gostei bastante até determinando momento, já no final, na morte de um personagem em diante, foi difícil embarcar na viagem proposta pelo filme. As imagens da cidade, as cores do figurino e da arte são encantadores e hiponóticos.

Eu bebo seu sangue

"I drink your blood", de David E. Durston (1971) Cult clássico do Grindhouse, termo utilizado para filmes exploitation exibidos em sessão dupla nos cinemas dos anos 70. Os filmes envolviam cenas de sexo, nudez, terror, violência explícita e atores amadores. Foram filmes baratos e filmados em poucos dias. O roteiro de "Eu bebo seu sangue" é escrito pelo próprio diretor David E. Durston e é tão abusrdo que é justamente essa bizarrice que o torna tão divertido. Trazendo referências à obra prima de George Romero, Á noite dos mortos-vivos", só que ambientado na América da seita dos Manson, e do flower power. Uma seita satância pratica um ritual, quando uma jovem, Sally, testemunha. Ao tentar fugir, ela é violentada pelos homens. Chegando machucada em casa, o avô de Sally, Barnes, e seu irmão pequeno, Peter, juram vingança. O grupo da seite se hospeda em um hotel abandonado da cidade. O avô vai tomar satisfação, mas é obrigado a tomar lsd e pira. Peter decide se vingar: ele mata um cacgorro raivoso e injeta o sangue infectado em pequenas tortas, que são consumidos pelos integrantes da seita. logo, eles se tornam raivosos e passam a matar toos que estão à sua frente. O filme tem cenas antológicas: um dos ntegrantes ataca um homem e a dentadura do homem cai. Tem também cenas ousadas: uma das mulheres da seita está contaminada e participa de uma orgia com homens de uma construção, infectando a todos. A cena dos homens babando saliva branca e correndo atrás de vítimas é sensacional. Um filme imperdível para quem curte trash. P filme teve argumento inspirado em um caso real ocorrido em uma vila do Irã: cachorros raivosos invadiram uma escola, amedrontando os alunos.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Predador- Assassino dos assassinos

"Predator: killer of killers", de Dan Trachtenberg e Josué Wassung (2025) Animação dirigida pelo cineasta Dan Trachtenberg, que em 2022 lançou o ótimo "Predador, a caçada.". "Assassino dos assassinos" é o oitavo filme da franquia, que terá "Badlands", dirigido pelo mesmo cineasta, a ser lançado em 2025. O filme se passa em 4 épocas distintas, com caçadores lutando com um predador. 1) O escudo- Na Escandinávia, no ano 841, a guerreira viking Ursa procura ensinar o seu filho Anders a se tornar um guerreiro poderoso e vingar a morte do pai. 2) A Espada - Em 1609, no Japão, os irmãos Kenji e Kiyoshi, filhos de um senhor da guerra samurai, duelam para ver quem é o senhor da guerra. mas um predador surge no caminho deles. 3) A bala - Em 1942, John Torres é convocado pilotar um caça até a Africa do norte, junto do capitão Vandy. Torres acorda em uma cela ao lado de Ursa e Kenji, os três tendo sido colocados em animação suspensa pelos Predadores. Eles são levados para uma arena de gladiadores em um mundo alienígena e apresentados a um senhor da guerra Predador. Mas eles são interceptados por uma nave de um predador. 4) Epílogo - Três sobreviventes, um de cada história, se encontram em uma arena alienígena, tendo que lutar com predadores. O filme honra o filme e é repleto de violência explícita, até mais do que nos filmes live action. A estutura me fez lembrar da animação 'Heavy metal", que trazia diversas histórias, costuradas por uma em comum.

A última cabana

"The last cabin", de Brendan Rudnicki (2025) Found footage ainda é uma narrativa que funciona? Se depender de "A última cabana", é melhor aposentar essa linguagem. Mistue no memso pacote "A bruxa de Blair", "Os estranhos", "Clown in the cornfield" e "O massacre da serra eletrica" e você saberá que filme irá assistir..bom, se pelo menos o filme chegasse ao nível de algum desses filmes teria sido ótimo. Mas infelizmente, o roteiro é ruim, as atuações amadoras ( e não é proposital) e o roteirista nem esconde as referências explícitas de " Abruxa de Blair", com personagem prostrado de costas, uma pessoa aterrorizada fazendo monólogo para a câmera e outras cenas chupadas mais. Três amigos, Ben (Brendan Goshay), Shawn (Tanner Kongdara) e Hope (Isabella Bobadilla) foram uma equipe de filmagem em busca da locação perfeita. Eles encontram na forma de uma cabana escondida em uma floresta isolada. Os celulares param de funcionar!!!) e eles percebem que existem estranhos vestidos com máscara de palhaços que os assustam, e depois, passam a matá-los um por um. O filme não assusta, não aterroriza e tem personagens chatos e sem noção. Esses roteiristas acham mesmo que alguém vai se enfiar em cabana dentro de floresta escura e isolada para filmarem sozinhos de madrugada? Bom, ainda veremos muito esse plot em filmes futuros.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

A história de Jim

"Le roman de Jim", de Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu (2024) Exibido no Festival de Cannes e vencedor do prêmio de melhor ator para Karim Leklou no César 2025, "A história de Jim" é adaptação de romance homônimo escrito em 2021 por Pierric Bailly. Eu fiquei bastante comovido com a história, que apresenta um protagonista altruísta e resiliente, e como pano de fundo, o tema da paternidade. Karim Leklou, do filme de ação "Vincent deve morrer", está excelente e apaixonante na construção de seu personagem. Em 1996, o jovem Aymeric (Karim Leklou) é envolvido em um roubo à uma residência por conta de amigos que se aproveitaram de sua ingenuidade. ele acaba sendo preso e passa 2 anos na cadeia. Ao sair, ele reencontra Florence (Laeticia Dosch), uma antiga amiga do colégio, que está grávida de Cristophe, um rapaz casado que a abandonou. Aymeric decide assumir um relacionamento com Florence e quando a criança, Jim, nasce, ele assume o papel de pai. Os anos se passam e Christophe retorna, reinvidicando a paternidade e pior: leva Jim e Florence para Montreal. Aymeric fica arrasado. Passam-se 20 anos, e Aymeric reencontra Jim, que acredita que Aymeric o abandonou e guarda mágoas dele. A última meia do filme me comoveu com força total, no reencontro de Aymeric e Jim adulto. O filme traz um time excelente de atores, e mesmo com o ritmo leto, tem uma edição que trabalha com elipses abruptas de tempo. É um melodraama cativante.

We might as well be dead

"Wir könnten genauso gut tot sein", de Natália Sinelnikova (2022) O cineasta grego Yorgos Lanthimos fez escola com o seu estilo narrativo bizarro e surrealista. "We might as well be dead" é o longa de estréia da roteirista e cineasta alemã Natália Sinelnikova e tem na sua estética e conceito muito do cinema de Lanthimos. O filme ganhou o prêmio de Melhor Fotografia Internacional no Tribeca Film festival. Co-produzido por Alemanha e Romênia, o filme também concorreu no Fetsival de Berlim. Além da fotografia, eu gostei muito a trilha sonora de Maxi Menot, que traz uma mistura de tom soturno, de ameaça constante, e ao memso tempo, solene. É uma parábola sobre o confinamento da Covid e as consequências sobre a saúde mental da sociedade, envolvendo ansiedade, paranóia, medo, depressão e angústia. Um condomínio isolado em uma floresa é o último pouso seguro de uma sociedade distópica. Anna (Ioana Iacob) trabalha ali há 6 anos como zeladora, segurança e avaliadora de novos moradores. Com bastante rigor, ela ajuda a definir quem são os felizardos que poderão morar ali, em um processo de seleção dos mais fortes e poderosos. Sua filha adolescente, Iris (Pola Geiger), se tranca trancada no banheiro com medo de estar com mau-olhado porque o cachorro de um vizinho que ela odeia desapareceu. Os moradores montam um grupo de vigilância para ir fazer uma busca sobr eo paradeiro do animal. Quando um grupo de vigilantes recém-formado exige medidas de segurança mais rigorosas e um novo teste de aptidão para toda a comunidade, Anna começa a temer por seu direito de ficar. Confesso que não curti muito o filme. Tem uma idéia interessante, sobre quem tem direito e poder de selecionar pessoas que deverão entrar na comunidade ( uma analogia com as redes sociais que determinam esse tipo de critério), além da metáfora sobre imigração nos países europeus. A atriz principal está bem, a direção é boa e rigorosa. Mas é uma narrativa fria, não me prendeu.

Kids return- De volta às aulas

"Kizzu ritân", de Takeshi Kitano (1996) Concorrendo no Festival de Cannes na mostra quinzena dos realizadores, "Kids return- De volta às aulas" foi lançado 1 ano antes de Takeshi Kitano vencer o Leão de Ouro em Veneza por "Hana-bi- fogos de artifício", sua obra-prima. Mais uma vez, Kitano traz a Yakuza para a sua história. Aqui, traz elementos autobiográficos, como a comédia como opção de trabalho para um dos personagens. Shinji e Masaru são melhores amigos. Eles estudam na high school, mas preferem faltar as aulas. eles aterrorizam os alunos roubando dinheiro e inceideiam o carro do professor. Depois que algumas de suas vítimas contratam um boxeador para espancar Masaru, ele decide se vingar e leva Shinji com ele para uma academia de boxe. Para a surpresa de seus treinadores, Shinji é naturalmente talentoso no boxe e derrota Masaru. Masaru desiste do boxe, e decide ir trabalhar para a Yakuza. Shinji treina firme para se tornar um boxeador profissional. Um simpático drama que alterna alguns momentos de humor e ação, e contando com boas performances dos atores principais, que são carismáticos e o espectador acaba se afeiçoando pelas suas tentativas de vencer na vida das piores formas possíveis. O final é divertido e encantador.

O ritual

"The ritual", de David Midell (2025) O filme é inspirado no livro de 1935, "Begone Satan", sobre o exorcismo de uma jovem em Iowa. Porém, o roteiro e a direção apostam em todos os clichês já visto inúmeras vezes em filmes de exorcismo: tem o padre incrédulo e que coloca a sua fé em questão, tem o padre veterano, tem a família fanática, tem o demônio que fala em várias línguas, objetos que voam. O maior chamariz do filme é a presença de Al Pacino como o padre Theophilus Riesinger, mas infelizmente a sua presença, ou a de Dan Stevens omo o padre incrédulo Joseph Steiger, não garantem a qualidade do filme. É arrastado, óbvio, e eles estão no auomático. O que segura a atenção do espectador é a boa fotografia, direção de arte e desenho de produção. Baseado em uma história real, no ano de 1928, os padres Theophilus Riesinger ( Al Pacino ) e Joseph Steiger ( Dan Stevens ) tentam salvar uma jovem supostamente possuída, Emma Schmidt ( Abigail Cowen ), através de exorcismo .