terça-feira, 4 de março de 2025
Parthenope, os amores de Nápoles
"Parthenope", de Paolo Sorrentino (2024)
Quando o cineasta italiano Paolo Sorrentino lançou "A grande beleza" em 2014, foi um furor: vencedor do Oscar e do Globo de ouro de filme estrangeiro, o filme arrebatou o Festival de Cannes com o seu olhar revisitando "la dolce vita", de Fellini, através de uma fotografia e uma câmera que registravam a vida dos muito ricos da Itália, com muito requinte, glamour e luxo, ornados pelas locações naturais de Roma.
Em "Parthenope", Sorrentino, que sempre foi considerado pretencioso por muitos críticos, faz um drama épico intimista, sobre o nascimento e vida de uma mulher nascida em Nápoles. E o filme acaba se tornando uma carta de amor à Nápoles, à juventude , à vida e aos amores que entram e saem de nossas vidas. Pathernope, o nome dessa mulher, é a própria Nápoles. Segundo Sorrentino falou em uma entrevista, "O filme nasceu da idéia de que a aventura da passagem do tempo na vida de um indivíduo é algo épico, algo majestoso, selvagem, doloroso e maravilhoso."
Englobando de 1950 até 2023 na vida de Pathernope, que nasce através de um parto no mar, mirando Pathernope (Nápoles), o filme apresenta uma mulher linda e exuberante, que através de sua vida, foi objeto de desejo de todos os homens, incluindo seu irmão, Raimondo, que não suporta não poder amar sua irmã e se joga de uma montanha. Parthenope (Celeste Dalla Porta, radiante) se sente culpada, e decide estudar antropologia na Universidade. Ela é cnvencida a se tornar atriz, mas a experiência é frustrante. Ela decid epela vida acadêmica. Durante todo esse trajeto, ela conhece diversos homens que a desejam, incluindo Sandrino, filho da governanta, que cresceu junto de Pathernope.
O que mais amei no filme, tenho que confessar, é quando surge a grande estrela italiana Stefania Sandrelli assumindo o lugar de Celeste, já em 2023, ano em que Napoli vence o tricampeonato italiano. Somente a sua presença traz uma dignidade enorme ao filme. Gary Oldman também faz participação, irreconheícvel, como um jornalista inglês. O roteiro, no entanto, é confuso e possui muitas sub-tramas, com personagens lindissimos. e outros bizarros e grotescos, como quando surge o filho do professor de antropologia. Duas cenas polêmicas: a inicação sexual com platéia de uma jovem da Gomorra, e a cena de sexo entre Pathernope e o cardeal.
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