domingo, 9 de março de 2025

Como era gostoso o meu francês

"Como era gostoso o meu francês", de Nelson Pereira dos Santos (1971) Clássico do cinema brasileiro, o filme, de 1971, chegou a ser censurado pelo governo por conta de sua nudez total do elenco interpretando indígenas. Com a justificativa de que nudez de inígena não era pornográfico, o filme acabou sendo liberado para maiores de 18 anos. Rodado em Paraty, com fotografia de Dub Luft, roteiro de Nelson Pereira dos Santos e diálogos em Tupi escritos por Humberto Mauro, o filme foi premiado em Brasília com Melhor Roteiro , Melhor Diálogo e Melhor Cenografia. Em 1594, um mercenário francês interpretado pro Arduíno Colassanti é capturado pelos Tupinambás, que são amigos dos portugueses. A tribo rival, os tupiniquins, são amigos dos franceses. Os tupinambás não acreditam que o homem seja francês e ele é condenado a se devorado pela tribo, após 8 luas, segundo a tradição. Nesse período, ele é entregue à Seboipepe (Ana Maria Magalhães), sendo seu escravo e com quem se relaciona. O francês passa a adquirir hábitos da tribo: raspando a cabeçam andando nu e falando a língua deles. O filme começa como uma farsa, e vai aos poucos trazendo um naturalismo quase documental, ao retratar o cotidiano do francês se adaptando à cultura da tribo. É um filme ousado, tanto pela nudez total do elenco, quanto pela ausência de diálogos, substituídos por letriros no estilo cinema mudo.

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