terça-feira, 11 de março de 2025
Betânia
"Betânia", de Marcelo Botta (2024)
O que mais me impressiona em "Betânia", selecionado para a Mostra Panorama do Festival de Berlim 2024, é que o diretor, um paulista de São Carlos, veio do universo da comédia, o que comprova que um realizador pode dirigir qualquer gênero cinematográfico. Marcelo Botta dirigiu na Mtv programas com Marcelo Adnet e co-dirigiu a comédia "Abestalhados 2" com Paulinho Serra. Em 2018, ao rodar uma série no Maranhão, em Lençois maranhenses, chamada "Viajo logo existo", ele se apaixonou pela região e a cultura e retornou outras vezes. Decidiu escrever um roteiro com elenco totalmente maranhene e parte da equipe local.
Betânia é o nome da protagonista, interpretado por Diana Mattos (menção honrosa de melhor atriz no Festival do Rio 2024), 65 anos, recém viúva. E Betânia é o nome de um vilarejo de 250 habitantes em Santo Amaro do Maranhão, próximo dos lençois maranhenses. É para lá que as filhas de Betânia, Irineusa (Michelle Cabral) e Jucélia (Rosa Ewerton Jará), querem que ela vá, para morar com ela. Tonhão (Caçula Rodrigues), genro de Betânia, trabalha como guia de turismo e recebe turistas dos Lençóis Maranhenses.
O forte do filme inegavelmente é a fotografia de Bruno Graziano, ressaltando toda a beleza natural da região. O filme tem um olhar documental mesclado à uma ficção deliciosa de filmes que lembram a narrativa de Sergio Assis, com muitas sub-tramas com personagens divertidos e emocionantes.
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