quarta-feira, 12 de março de 2025

O senhor dos mortos

"The shrouds", de David Cronemberg (2024) Eu sou um grande apreciador da filmografia de David Cronemberg. Mas infelizmente, seus dois últimos filmes exibidos em Cannes, "Crimes do futuro" e agora "O senhor dos mortos", ambos em competição oficial, foram grande frustração, e não me curvo em dizer que "The shrouds", título original, é provavelmente o mais fraco e menos interessante de seus filmes. A idéia filme partiu de uma situação ocorrida com Cronemberg: o falecimento de sua esposa, a omtadora Carolyn Zeifman, falecida em 2017. O filme apresenta Vincent Cassel como Karsch, um produtor de cinema, também dono de restaurante e de um cemitério, chamado "the shrounds" e onde o cliente pode acompanhar 24 horas via pp próprio, o corpo do ente querido, inclusive, em decomposição. Uma noite, Karsch descobre que os túmulos foram profanados, inclusive o de sua esposa, Becca (Diane Kruger). Karsch decide ir atrás dos responsáveis. Ele acredita que seu ex técnico, Maury (Guy Pierce), que ele acredita ter sido amante de Becca foi o responsável. O roteiro é muito bizarro, envolvendo Ai e versões de Becca recriadas. É tudo muito chato, o ritmo é arrastado, e confesso, bastante confuso. O desfecho termina abruptamente, sem resolução. E para quem espera ver um Cronemberg repleto de body horror e vísceras, esqueça.

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