quarta-feira, 12 de março de 2025

O vazio de domingo à tarde

"O vazio de domingo à tarde", Gustavo Galvão (2024) Co-escrito junto da roteirista e diretora Cristiana Oliveira, o cineasta Gustavo Galvão traz um olhar crítico sobre o universo machista e sexista do audiovisual. O filme ainda traz outros temas: abuso moral, relacionamentos tóxicos, preparação de e;enco masoquista, e como pano de fundo para toda a trama, o Brasil de 2019, pré pandemia, sob o governo de Bolsonaro e o sucateamento da cultura. São muitos os discursos apresentados no filme, de um diretor que já trouxe os instigantes "Uma dose violenta de qualquer coisa" e "Ainda temos a imensidão da noite". O filme acontece em Brasília e em Abadilândia. Duas mulheres com histórias de vida unidas pelo amor ao cinema. Mônica (Gisele Frade), é uma atriz na faixa dos 30 anos, uma celebridade televisiva, que se encontra em um momento de desgaste da superexposição. Ela quer novos desafios artísticos, e deseja fazer mais cinema autoral e visceral. Kelly (Ana Eliza) ;e uma jovem de 17 anos, que mora em AbadilÂncia. Ela tem o sonho de ser atriz, e tem Mônica como sua musa inspiradora. Ambas vivem relações desgastadas com seu parceiros. Mônica é levada a um mundo abusivo por seu empresário e por um diretor sádico. Kelly passa por uma situação de quase estupro, ma svira o jogo e passa a ser a manipuladora. O filme é fotografado por André Carvalheira, que ganhou o Kikito de fotografia por "Oeste outra vez". O elenco é bom, incluindo Erom Cordeiro em uma participação como o marido de Mônica. A cena da preparação como atriz para o filme de um diretor sádico é angustiante e certamente, fará muitos atores e atrizes relembrarem momentos de puro terror psicológico.

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