quinta-feira, 6 de março de 2025
Carcaça
"Carcaça", de André Borelli (2025)
O cinema independente e autoral brasileiro merecem ter seu valor destacado. Filmes que não obtiveram recursos financiados por editais e concursos e que foram totalmente produzidos na marra, com recusrso próprios ou através de ação entre amigos. Dois filmes trazem como ponto de partida, propostas muito semelhantes, mas de resultados e narrativas de gênero distintas. Em 2023, 'Fluxo", de André Pellenz, com Gabriel Godoy e Bruna Guerin. Em 2025, "Carcaça", de André Borelli, com Carol Bresolin e Paulo Miklos. Ambos os filmes são em preto e branco. Ambos os filmes acontecem na pandemia, com o casal principal confinado e obrigado a co-existir e co-habitar o mesmo espaço e claro, revelações e segredos surgem à tona, desestruturando e fraquejando o relacionamento. "Fluxo" é um drama. "Carcaça" aposta no thriller psicológico e na fantasia delirante, no pesadelo visto como metáfora sobre um relacionamento abusivo, onde a mulher mais jovem, Livia, é objetificada, é motivo de ciúmes, tem a sua liberdade e independência abafada pela toxidade e desconfiança extremada e paranóica de Davi.
O cineasta André Borelli escreve, dirige produz e edita o filme "Carcaça". É um filme que pode dar gatilhos para quem vive relacionamento abusivo. Carol Bresolin aposta em um trabalho visceral ainda inédito. Paulo Miklos revisita os tipos psicóticos e violentos já visto em outros trabalhos. Senti falta no roteiro de entender porqu6e esse casal existe e mora junto. O que Livia viu em Davi para querer ter uma história de vida com ele? Dinheiro? Conforto? Admiração?
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