sábado, 22 de abril de 2023

Play

"Play", de Ruben Ostlund (2011) O cineasta sueco Ruben Ostlund nunca foi de meias palavras, e seus filmes comprovam isso. recheados de provocação de todos os níveis, e muita escatologia, a sua câmera está sempre apontada para a questão do privilégio branco, rico e pretensamente elitista. Em "Play", Ruben ousa colocar um menino de 12 anos defecando de verdade, e eu fico pensando na coragem desse ator mirim e o quanto essa cena deve ter prejudicado ou não ele em sua carreira ou na vida pessoal. O filme é baseado em casos reais recentemente ocorridos na Suécia: gangues de imigrantes adolescentes têm assaltado crianças e adolescentes de classe média e rica e roubando seus celulares, em um golpe que deixa as crianças com pouca experiência de vida assustadas. Impossível não criar sentimento de revolta ou sair do filme com a cabeça repleta de pensamentos sobre a escolha de Ruben de escalar atores negros na gangue de assaltantes, ou se essa escalação é simbólica e aberta a muitas outras discussões. O filem gerou muita revolta na mídia européiaa, assim como qualquer filme de ostlund, que gosta de ser um agitador e provocador, vide seus conterrêneos Michael Haneke, Lars Von Triers e o mexicano Michel Franco, que usam e abusam de torturas psicológicas e cenas de bullying irritantes e sádicos. O filme venceu um prêmio especial no Festival de Cannes na Mostra Quinzena dos realizadores, e também concorreu em Sundance. Na cidade de Gotemburgo, uma gangue de cinco adolescentes negros imigrantes achaca 3 jovens : 2 brancos e um asiático e o obrigam a acompanhá-los com a intenção de roubar um celular, ma sno fundo, despejar toda a sua fúria contra o previlégio branco, dando-lhes um susto. De fato não é fácil assistir ao filme. Não só pela sua temática e pelas cenas de violência psicológica, como pela linguagem usada por Ostlund: cenas com câmera fixa, longas e em linguagem documental.

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