quinta-feira, 13 de abril de 2023

Chile 76

"1976", de Manuela Martelli (2022) Premiado drama chileno, concorreu no Festival de Cannes na Quinzena dos realizadores, co-escrito e dirigido pela atriz e cineasta Manuela Martelli. O filme lembra demais o argentino vencedor do Oscar de filme estrangeiro 'A história oficial", e a diferença é que o filme se ambienta no ano mais sangrento da ditadura de Pinochet, 1976. Com uma performance arrebatadora de Aline Küppenheim como a protagonista Carmen, o filme explora o tema de uma integrante da classe alta do Chile que decsonhece os horrores da ditadura e acaba se envolvendo com a resistência, sem que a família descubra. Carmen é a esposa de um médico do hospital de Santiago, atualmente trabalhando na redecoração da casa de férias da família à beira-mar, onde ela e sua família se misturam com amigos reacionários de seu marido do iate clube local. Na casa de férias, Carmen fez amizade com Padre Sánchez (Hugo Medina), que conhece o treinamento da Cruz Vermelha que Carmen teve quando jovem como consolo por não ter permissão para estudar medicina. Ele pergunta se ela poderia atender um jovem hóspede seu chamado Elías (Nicolás Sepúlveda), que tem um ferimento de bala na perna. Carmen concorda em ajudar e no período em que cuida de Elias, ela começa a perceber que estava totalmente alheia a tudo o que estava ocorrendo em seu redor e acaba ajudando a resistência, correndo o risco de ser presa. O filme tem um excelente trabalho do elenco, além de uma parte técnica impecável, na fotografia, direção de arte e maquiagem e figurino. Assim como em 'Argentina 1985" ( e certamente o título em português "Chile 76" é para pegar uma casquinha na carona do sucesso do filme argentino), o espectador torce pela protagonista, que sozinha, procura lidar com todo um aparato aterrorizante do governo, onde a própria família se v6e envolvida. O filem lida bem com o drama e com o suspense, tudo bem amarrado por uma direção eficiente.

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