sábado, 22 de abril de 2023

Beau tem medo

"Beau is afraid", de Ari Aster (2023) A melhor forma de se assistir a "Beau tem medo" e não querer ir embora em uma hora de filme ( o filme tem 3 horas!!!) , é abstrair qualquer tipo de raciocínio lógico e se deixar levar pela fantasia e delírios que acontecem na tela. Certamente há explicação psicanalítica, da qual não entendo, sobre a relação mãe e filho dentro da cultura judaica, onde a queestão da "Culpa" é muito forte e traz sérias consequências para quem a carrega. Imgiane assistir a um filme que mistura "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo", "O Show de Truman", "Estou pensando em acabar com tudo", de Charlie Kauffman ( alguém lembra a cena do Julgamento??) e obviamente, todos os filmes de Michel Gondry e Spike Jonze. O terror, gênero que Ari Aster tanto gosta de trabalhar e da qual foi um dos criadores do "neo-terror", traz aqui o terror na seara do drama, do Âmbito familliar, da psicose e do TDAH. Difícil classificar um gênero para o filme. Vendido erroneamente como comédia dramática, o filme caminha mais certeiro se for classificado como um pesadelo anárquivo onírico repleto de humor caótico e surtos. Uma coisa é clara e objetiva: Joaquim Phoenix é provavelmente o único ator que poderia ter dado dignidade e verdade ao personagem de Beau Wasserman. Junto de atores como Parker Posey, Patti Lupone e Nathan Lane, além do astro francês Denis Menochet, no papel de um veterano de guerra psicótico e assassino, "Beau tem medo" é um filme evento, daqueles filmes que a gente quer ver pelo buchicho inevitável, mas que certamente, pouca gente sairá das salas de cinema feliz e satisfeito. O filme acompanha Beau desde o seu nascimento até a fase dos 40 anos, já assumido por Joaquim Phoenix. Ele precisa ir ao aniversário de sua mãe, Mona (Patti Lupone), que mora em uma cidade há 6 horas de distância. Por conta do roubo da chave de sua casa e de sua mala, Beau perde o vôo, e a partir daí, a culpa o acompanhará na sua tentativa de chegar à festa dela.

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