sábado, 22 de abril de 2023

As oito montanhas

"Le otto montagne", de Felix van GroeningenCharlotte Vandermeersch (2022) Imagine misturar "Brokeback mountain" com "Na natureza selvagem". Vencedor do Prêmio do Juri no Festival de Cannes 2022 e concorrendo em Sundnace, "As oito montanhas" é a adaptação do best slerr do escritor italiano Paolo Cognetti. É uma co-produção entre Bélgica, Itália, Reino Unido e França. Os realizadores belgas dirigiram os opremiados "Alabama Monroe" e "Beautiful boy", com Steve Carell e Thimotée Chalamet. Em todos os seus filmes, é muito claro o tema da morte, da melancolia e da destruição das relações familiares. O filme é narrado em 1a pessoa por Pietro. No verão de 1984, com 10 anos de idade, ele mora com seu pai Giovanni (Filippo Timi), um engenheiro civil, e sua mãe na cidade grande de Turim. Nas férias, sua mãe e Pietro deciudem ir até as montanhas do Vale da Aosta e alugar uma casa. Solitário, Pietro acaba ficando amigo de Bruno, o único menino remanescente de uma vila que hoje em dia só tem 14 pessoas. Bruno cuida do pasto e dos animais pertencentes aos seus pais. Os dois se tornam grandes amigos. O pai de Pietro espera de Pietro que ele seja um garoto mais corajoso e bravo, mas o medo de Pietro o impede de seguir os desejos do pai, que v6e em Bruno o filho que ele esperava ter. os anos se passam, o pai de Pietro morre e já aos 30 anos de idade, eles se reencontram. Bruno declara a Pietro que o pai dele veio todos os anos e eles aproveitaram bastante as montanhas e antes de morrer, o pai de Pietro fez um pedido: que construíssem uma cabana no alto da montanha e que se encontrassem todos os anos ali. O filme traz o tema do homem da cidade X o homem das montanhas, rústico. O espectador certamente irá esperar até o último minuto algum tipo de declaração de amor entre os amigos, mas esse amor fica na amizade incontestável, uma amizade fria, silenciosa, mas ainda assim, amigos. É um filme muito triste, porém, embalado com algumas da simagens mais belas do cinema atual, graças à fotografia de Ruben Impens ( de "Titânio"). e às locações do Vale da Aosta. A trilha sonora suave e contemplativa, as cenas no Nepal, para onde Pietro se encaminha para escrever seu livro, tudo é muito lindo. Mas tanta beleza acaba cansando e se tornando arrastado em 150 minutos de filme, onde o ritmo muito lento pode afastar espectadores que esperam mais ação. Os atores, em especial as crianças, muito mais carismáticas que os adultos e galãs Luca Marinelli (Pietro) e Alessandor Borghi (Bruno). E eu amo mais o primeiro ato com as crianças, me fazendo lembrar do clássico 'Conta comigo".

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