"Robin's wish", de Tylor Norwood (2020)
Documentário sobre os últimos anos de vida do ator Robin Willians, contado a partir do momento que os amigos e sua esposa Schneider Williams, com quem se casou em 2011, passaram a reparar em mudanças no comportamento dele. No dia de sua morte, 11 de agosto de 2014, aos 63 anos, o mundo todo levou um grande susto. As informações eram muitos, e todas alardeando quem teria sido realmente Robin Willians? Encontrado enforcado, um suicíciio, teria Robin Willians enganado todo mundo, se fazendo passar por uma pessoa alegre, feliz e alto astral, tendo por baixo a persona de um palhaço triste? Muitos passaram a acusá-lo de drogado, entre outras levianidades. Sua esposa e amigos íntimos estavam tentando processar o que teria ocorrido com a mudança brusca na personalidade de Willians. Somente meses depois, após a autopsia, veio o veredito: Willians sofria de uma doença neurodegenerativa , conhecida como Demência com corpos de Lewy, e que, dependendo do nível, leva ao suicídio. Os médicos ficaram horrorizados: o nível de Willians era o mais alto já visto.
Em seu último ano, Robin Williams foi confrontado com ansiedade, paranoia, insônia e realidades alteradas assustadoras. O filme alterna momentos da carreira de Willians com depoimentos de amigos e diretores próximos. Shaw Levy, que o dirigiu na franquia "Uma noite no museu", percebeu que Willians estava diferente, mas não ousou falar com ele. Mas ele era constantemente perguntado por Willians se o que ele tinha feito estava bem, se prestava. Willians ligava para ele às vezes de madrugada, inseguro com o seu trabalho. O último filme da franquia foi rodado em 2014, meses antes da morte de Willians. Levy mostra a cena de despedida do personagem de Willians, que curiosamente, foi rodado o último dia, e ficou impressionado como foi realista a cena.
O filme é produzido pela viúva, que quiz colocar na prática o desejo de Robin: que o seu legado não fosse destruído. Para isso,
Schneider promove palestras sobre a doença nos Estados Unidos, para que o diagnóstico seja feio ainda no estágio inicial.
Os depoimentos são todos bastante comoventes, e claro, todo mundo falando o quanto Willians era maravilhoso e bondoso. O filme tem um tom nostálgico e melancólico, e por ser produzido pela esposa, não existe nenhuma informação contrária ao caráter do ator. VAle assistir, e provavelmente, se emocionar.
Tem uma pergunta de uma jornalista que Willians responde de bate pronto: ele improvisa 23,5% de tudo o que faz. ta aí, o gênio.
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