'Arianna", de Carlo Lavagna (2015)
Intenso drama LGBTQIA+ italiano, vencedor de diversos prêmios em festivais importantes, como Veneza, Rotterdan, entre outros. Filme de estréia do cineasta Carlo Lavagna, o texto me remeteu à peça que assisti em São Paulo, "Brian ou Brenda?. Uma criança nasce intersexual ( novo termo para hermafrodita). Os pais, temendo que o "filho" sofra bullying futuramente, decidem eliminar o genital masculino e assim, criar a criança como mulher. Isso sem jamais falar à Arianna, nome dado à criança, sobre a sua condição. Quando ja adolescente, Arianna sente que a sua menstruação não chega, ao contrário das outras meninas de sua idade. E mais: em sua primeira experiência sexual com um rapaz, ela não sente prazer, e sim, repulsa. Arianna vai a um ginecologista e descobre a verdade.
Com um trabalho explosivo da novata Ondina Quadri no papel principal, sem nunca ter tido experiência como atriz ( ela era filha de um amigo do produtor), Ondina exala uma atmosfera misteriosa, assexuada, fundamental para a personagem. A direção sensível e impecável de Carlo Lavagna, além da fotografia, em tom etéreo, e trilha, fazem desse filme um excelente estudo de personagem, e que merecia uma adaptação teatral. Imperdível.
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