"O cemitério das almas perdidas", de Rodrigo Aragão (2020)
Quinto longa do diretor de filmes de gênero terror , nascido no Espírito Santo, "O cemitério das almas perdidas" novamente traz o livro de são Cipriano, associado à magia negra e ao satanismo, como protagonista de suas tramas. Algo como 'Evil dead", a evocação dos textos do livro maldito transforma o seu leitor em uma poderosa evocação do mal, repleto de forças malígnas, sedenta de sangue. O filme começa no Brasil colônia, no estado do Espírito Santo. Um jesuíta ambicioso descobre o livro e junto de seus seguidores, deseja dominar tudo: bandeirantes, a igreja e as comunidades indígenas. Mas eles acabam sendo amaldiçoados e não podem sair de um cemitério maldito. E é para lá que eles cvoam, durante centenas de anos, vítimas que nutram seu os desejos de sangue e juventude dos seguidores de São Cipriano. Um dos seguidores se apaixona por uma índia feito prisioneira, e visto como traidor, evoca uma maldição, antes de ser morto. As próximas vítimas são artistas de um circo ambulante.
A filha de Rodrigo Aragão, Carol Aragão, novamente interpreta uma heroína no filme. Marcus Konká e Francisco Gaspar são também habituées do cinema oitocentista de Aragão. O filme tem o maior orçamento já captado, com 2 milhões de reais, e é possível ver o dinheiro gasto em inúmeros e gigantescos cenários, além dos efeitos mecânicos e de pós-produção. Aqui, mais do que nunca, as referências aos cinemas de Lucio Fulcci e Lamberto Bava se faz evidente, com muita gosma, maquiagem pesada, sangue, decapitações e canibalismo. Uma festa visual e trasheira para quem adora o estilo de cinema de Aragão, que aqui, homenageia José Mojica Marins.
Filme visto no Cinefantasy, através da plataforma do Cine Belas artes.
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