segunda-feira, 2 de julho de 2018

Lar ideal

"Lar ideal", de Andrew Fleming (2018) A comédia dramática "Lar ideal" tem todas as boas intenções possíveis, e totalmente antenado aos novos tempos do conceito de família moderna. O tema gira em torno de um casal de gays, muito bem interpretado por Steve Coogan e Paul Rudd, que resolve adotar um menino de 10 anos, Bill. O problema é que Bill é filho de Beau, que por sua vez, é filho de Erasmus (Steve Coogan), fruto de uma relação extraconjugal antes de Erasmus se assumir como gay. A questão da paternidade é válida., mas ao mesmo tempo aqui no filme, complexa e deixada de lado. Afinal, Beau se tornou um vigarista e drogado justamente porque foi abandonado por Erasmus e cresceu sem pai. Daí, ficou difícil de aceitar que o casal homoafetivo lutasse pela guarda da criança, quando na verdade, deveria haver uma reconexão entre o pai irresponsável que é Erasmus e o filho abandonado. No mais, o filme tem bons momentos de humor, e trabalha com sutileza a questão da criança aceitar aos poucos a presença de pais gays em sua vida, já que ele começa totalmente homofóbico e constrangido da presença deles. É um filme interessante, fortalecido pelo talento dos atores, mas que deixa muitos tópicos em aberto.

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