segunda-feira, 23 de julho de 2018

Bergman 100 anos

"Bergman- A year in a life", de Jane Magnusson (2018) Exibido em Cannes em 2018, o documentário comemora 100 anos do nascimento de um dos Artistas mais influentes e premiados da História. Ele ganhou 3 Oscars, Leão de Ouro, Urso de Ouro, a Palma das Palmas ( Honraria concedida apenas uma vez na história de Cannes) entre outros. A documentarista Jane Magnusson apresenta Ingmar Bergman como sendo o artista sueco mais importante da história do país, segundo depoimento de um Diretor local, e mostra ao espectador o porquê desse apreço do Mundo pelo Cineasta, roteirista, Diretor de tv e Teatro. Um Ator que passasse por suas mãos, teria garantido uma carreira no exterior. Bergman ganhou um status tão poderoso, que os críticos tinham medo de falar mal de algum produto seu. O filme apresenta também um Bergman tirano, ciumento, um "Predador", "Carnívoro", que quiz destruir a carreira de um jovem Ator e Diretor, Thorsten Flinck, pelo simples ciúme da juventude dele e de seu talento. O filme contém depoimentos de atores, técnicos e críticos influentes que falam o quanto ele sabia dirigir atores e extrair o máximo deles. Outro fato óbvio: Bergman retratava em seus filmes, seus demônios interiores. Medo da morte, repressão familiar, alma feminina, neuroses, etc. Neurótico, repleto de manias (só comia yogurte sueco e biscoito Maria) , o filme contém histórias muito divertidas acerca da vida pessoal e profissional de Bergman. Confesso que ri muito no cinema ao ouvir a história sobre o ator Gunnar Björnstrand, que interpreta um PAdre no filme "Luz do inverno". Achando que Gunnar era uma pessoa muito feliz, Bergman chamou seu médico que desse um diagnóstico errado para o ator, dizendo que ele estava seriamente doente. Com essa informação, Gunnar ficou depressivo e assim, conseguiu fazer o filme como Bergman havia imaginado. Tirano? Herói? Deus? Um pai de família ausente? Que casa um interprete o seu Bergman preferido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário