segunda-feira, 9 de julho de 2018

4 dias na França

"Jours en France", de Jérôme Reybaud (2017) Assistir a "4 dias na França" não é uma experiência fácil para o espectador. São 140 minutos intermináveis acompanhando 2 personagens: Pierre e Paul, casal gay, mas separados, e suas andanças sem fim por uma França rural. Claro que no caminho, eles cruzam com uma infinidade de personagens melancólicos e solitários, em um road movie gay que poderia ter sido patrocinado pelo Grindr. O filme começa com Pierre saindo de sua casa em Paris, sem qualquer tipo de explicação, e abandonando o seu companheiro Paul. Pierre segue então em uma cruzada pelo interior da França, com um único propósito: fazer uso do aplicativo grindr e fazer sexo com tantos homens quanto puder conseguir. Como ele mesmo diz a uma personagem: 'A França é muito grande. existem muitos homens e muitas possibilidades.". Paul resolve ir atrás de Pierre, e para localizá-lo, usa o Gps do Grindr para poder descobrir o seu paradeiro. O filme lembra bastante os filmes de Alain Guiraudie, realizador de "Um estranho no lago", com a diferença que o cineasta Jerome Reybaud prefere não fazer uso de cenas de sexo explícíto nem nudez, ao contrário de Guiraudie. é estranho assistir a um filme que basicamente fala de flerte e pegação sem fim, e não ter nenhuma cena picante ou erotizada. Todas as cenas são filmadas de forma fria. Muito falatório, muita gente entrando e saindo no filme. Um filme que fez sucesso no Festival de Veneza 2017, mas acredito ser muito difícil de ser assimilado por espectador médios.

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