segunda-feira, 23 de julho de 2018

Dedo na ferida

"Dedo na ferida", de Silvio Tendler (2018) Ao assistir a esse documentário do realizador de "Jango" e "Os anos Jk", imediatamente 3 filmes me vieram à mente: "Capitalismo, uma História de amor", de Michael Moore, "Inside Job", de Charles Ferguson e "A grande aposta", de Adam McKay. Essas lembranças me vieram justamente porquê sou totalmente leigo em economia e fiquei com aquela sensação de achar que tinha entendido todas as explicações didáticas faladas em economês, mas no fundo, eu queria ter feito algum curso básico para poder captar melhor as informações. Economistas, o ex ministro da economia grego, Celso Amorim, professores, economistas e toda uma sorte de palestrantes exploram em seus discursos, a tese que o filme levanta: de que os ricos estão casa vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. Bom, absolutamente toda a população conhece de cor e salteado essa frase. Mas o filme procura fazer uma análise mais profunda sobre os motivos desse grande abismo social e econômico existente entre a base e o topo da pirâmide: a grande fome dos banqueiros, políticas de privatização, reforma trabalhista que vai contra os direitos do trabalhador, etc etc etc Paralelo dos aos depoimentos e imagens de arquivo e grafismos, o filme apresenta 2 personagens populares, ambos provenientes de Japeri, considerado o município mais pobre do estado do Rio de Janeiro. Anderson, podólogo, que trabalha em Copacabana e leva 2 horas de deslocamento todo dia para chegar ao trabalho; e um grupo de Teatro chamado "Conduta", formado há mais de 10 anos, e que banca com recursos próprios de seus integrantes, para poder levar à população local, peças que os façam refletir sobre a sua condição social. Fico na torcida para que façam um documentário sobre esse grupo de teatro, que deve ter histórias ótimas para contar ao público. O filme ganhou o prêmio de melhor documentário do juri popular do Festival do Rio 2017.

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