sábado, 21 de julho de 2018

A cidade do futuro

"A cidade do futuro", de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques (2016) Dirigido pela dupla de cineastas baianos Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques , "A cidade de futuro" mescla os gêneros drama e documentário para fazer 2 denúncias: apresentando o Município baiano de Serra do Ramalho, que foi criada após a expulsão dos moradores ribeirinhos nos anos 70, que viviam à margem do Rio São Francisco. O governo lhes prometeu casa, saúde educação próximos aonde viviam, mas a verdade é que foram realocados a mais de 20 kilometros de distancia, sem qualquer tio de assistência. É nesse local que moram Gilmar, Igor e Milla. Esses 3 jovens vivem um poliamor, que acaba sendo a segunda denúncia do filme: mostrar a intolerância da população, frente à sexualidade assumida dos 3 protagonistas. Gilmar e Milla são professores de uma escola pública, e vivem uma relação. ela está grávida. Gilmar e Milla têm amantes do mesmo sexO; Gilmar também namora Igor, um vaqueiro, e Milla uma outra mulher. Mas quando a população se sente incomodada com essa relação aberta, os personagens passam a sofrer preconceitos. Com um elenco formado por não atores, o filme leva à tona o método de Robert Bresson: um cinema anti-naturalista, onde os "atores"não interpretam. Bresson os chamava de "modelos', e o mais importante, era recitar as falas, sem emoção. Para o espectador comum, o filme pode ser muito difícil de ser assistido, não somente pela sua narrativa, quanto pelas performances. No entanto, quem o assistir, irá se deliciar com cenas isoladas divertidas, que mostram um Brasil do interior ao mesmo tempo brega e careta.

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