domingo, 8 de julho de 2018

Além do arco-íris negro

"Beyond the black rainbow", de Panos Cosmatos (2010) Existem alguns filmes que a gente assiste e fica se perguntando se o roteirista e diretor tomaram um baita de um ácido, tal a bizarrice do projeto. Esse é o caso de "Além do arco-iris negro", uma ficção científica existencialista escrita e dirigida pelo filho do cineasta George Cosmatos, que dirigiu "Rambo"e "Cobra", ambos com Stallone. Mas Panos Cosmatos seguiu um caminho cinematográfico totalmente diferente de sue pai, buscando nos filmes autorais de gênero a sua referência. Imaginem um filme que mescla elementos de Jodorowsky, Tarkovsky, Daviid Lynch, Cronemberg e Nicolas Winding Refn. Sim: anos 80, sintetizadores, muita cor, muito kitsch e principalmente, uma violência estilizada em enquadramentos e fotografia estilizadas. Um Cientista, Dr Arboria, cria nos anos 50 um Instituto com seu nome, onde ele faz experimentações espirituais usando drogas sintéticas. Dr Arboria conseguiu criar uma droga que traz felicidade para quem as usa, fazendo com que elas entrem em um estado de torpor. Em 1983, o Dr Barry assumiu o posto do Dr Arboria, e mantém em cativeiro uma jovem, chamada Elena. Ele quer fazer experimentos com ela e tentar entender porque ela não sofre os efeitos da droga. Hermético, complexo, ou simplesmente confuso? Não é um filme fácil, muito menos um passatempo. O filme exige muita concentração, paciência ( o ritmo é extremamente lento). Imaginem um filme do Antonioni dentro de um filme de Cronemberg? Não conseguiria indicar esse filme para ninguém, mas quem curte iguarias raras e estranhas, talvez curta.

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