sábado, 22 de julho de 2017

O holofote não é para todos

"Don't think twice", de Mike Birbiglia (2016) Brilhante dramédia, obrigatório para qualquer Ator que queira refletir sobre a sua carreira. Escrito, dirigido, produzido e protagonizado por Mike Birbiglia, esse baixo orçamento rodado em Nova York, narra a história de uma trupe de teatro de improvisação. Conhecidos como "Comuna", o grupo se formou há anos e tem 6 integrantes. Eles se apresentam em um teatro off Broadway que foi vendido e portanto, eles possuem mais 2 semanas de apresentação. Cada um dos integrantes tem um sonho: ser escalado para um programa de tv chamado "Weekend live", uma espécie de "Saturday night live". E essa oportunidade surge quando 2 produtores de casting do programa surgem na platéia. Porém, apenas um dos integrantes do grupo é escalado, provocando ciúmes, discórdia e frustração no restante do grupo, outrora unidos. O filme começa com um pequeno relato sobre o teatro da improvisação: que surgiu nos Estados Unidos nos ano 50, e que possuem 3 regras básicas: 1) Diga sim ( concorde com o mundo que seu parceiro esta criando, se permita) 2) Saiba trabalhar em grupo, não existe o indivíduo, tudo é pelo grupo 3) Não pense, aja. O subtítulo do filme resume bem o filme: " Os holofotes não são para todos". E é isso o que acontece, e é a mais pura verdade. Tem gente que tem talento, mas não tem sorte. Tem talento, mas não tem "savoir faire". Tem talento, mas não tem carisma. Sao poucas as chances de acontecer nesse mundo artístico, e o anonimato sorri para todos. O filme é triste, melancólico, cruel, e fala também sobre envelhecer e não ter os seus sonhos conquistados. Tudo no filme é brilhante: O roteiro, os diálogos, o elenco ( Ben Stiller faz uma participação), a direção. Amei ter visto, e amaria que todos vissem e refletissem sobre suas vidas. Bônus: O filme tem cenas extraordinárias de exercícios de improvisação!!!!

Um comentário:

  1. Vi o filme sem qualquer expectativa e também gostei muito, mas muito mesmo. Dessas pequenas produções que mostram que dinheiro não tem nada a ver com bom cinema.

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