quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O filho de Saul

"Saul fia", de László Nemes (2015) Vencedor de vários prêmios internacionais, entre eles o Grande prêmio do juri em Cannes de melhor filme e o Globo de Ouro, "O filho de Saul"é o longa de estréia do húngaro László Nemes, ex-assistente de direção de Bela Taar. Narrativamente e estilisticamente ousado, o filme é filmado 100% com a lente colada no personagem, ou de frente ou por trás. Tudo ao redor está desfocado ( com raras exceções, avistamos em foco algumas situações chave) porém Lazlo Nemes parte do pressuposto de que o espectador já conhece o que acontece, portanto, não precisa focar. O som dos gritos, e mesmo tudo desfocado, intensifica ainda mais o horror dos judeus massacrados em Auschwitz. Tudo é pelo ponto de vista de Saul, um Sonderkommando ( judeus que fazem parte de um grupo de "funcionários" da Gestapo, executando funções que os oficiais não fazem. Eles são poupados monetaneamente de serem mortos, podendo acontecer a qualquer momento). Saul ( o ator e poeta Géza Röhrig, radicado em Nova York) tem como missão enterrar corpos de judeus mortos na câmera de gás. Um dia, ele presencia um menino que sobreviveu ao gás, mas que é imediatamente morto pelo médico. Essa luta do menino pela vida faz com que Saul acredite que é seu filho que ele desprezou em vida, e decide sequestar sue corpo e procurar um rabino para rezar em sua cova. Saul passa então a procurar entre os judeus que irão morrer, algum rabino para rezar pelo morto. Paralelo, um levante está sendo promovido pelos prisioneiros, que quere, atacar os soldados. O filme todo acontece em um período de 2 dias. A direção mantém uma linguagem angustiante e claustrofóbica somente usando esse recurso d alente colada ao personagem. A câmera na mão é bem tremida, e por conta disso, não recomendo o filme a quem sente vertigem. O trabalho de som também impressiona, fazendo escutarmos um outro filme que não é o que está sendo visto. Nota: 9

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