sexta-feira, 17 de julho de 2020
Herança
“Inheritance”, de Vaughn Stein (2020)
Um drama de suspense, ambientado nos altos escalões da advocacia de Nova York, protagonizado pelos ótimos atores Lilly Collins e Simon Pegg, e que competiu no prestigiado Festival de Tribeca em 2020, certamente vai render um bom filme. Mas infelizmente, essa afirmação não se concretizou. Com uma trama fraca, repleta de incoerências e de personagens propositadamente dúbios, cheios de segredos para serem revelados nos últimos 20 minutos, “Herança” busca referências em sucessos como “O silêncio dos inocentes” e “O segredo dos seus olhos”, exemplos máximos de suspense sobre pessoas encarceiradas. Mas a química do elenco não funcionou, o roteiro não constrói bem os seus personagens e o pior de tudo, a edição confusa, que mais complica que traz informações.
Laureen (Lilly Collins) é uma super advogada de Nova York. Seu pai, um homem poderoso, morre subitamente do coração. Quando o advogado lê o testamento da família, Laureen recebe um envelope que contém um pen drive com informações de seu pai acerca de um misterioso alçapão que fica nos fundos da mansão onde mora com sua mãe, Catherine (Connie Nielsen). Ao brir o alçapão, Laureen se assusta: ali, preso e maltratado, está Morgan (Simon Pegg), que diz que o pai dela o prendeu ali para colocar a culpa nele em um crime acontecido há quase 30 anos atrás.
O primeiro minuto em que aparece o personagem de Simon Pegg, eu já queria mudar de filme: a peruca pavorosa e falsa que colocaram nele, é para destruir qualquer performance de qualquer ator. Parece uma ratazana na cabeça dele. A partir dai, é só ladeira abaixo. Uma pena, pensando no elenco que tenta fazer o que pode, mas o roteiro, e a peruca, não ajudam.
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