sexta-feira, 10 de julho de 2020
First cow
"First cow", de Kelly Reichardt (2019)
A cineasta americana Kelly Reichardt faz parte do movimento em prol do cinema independente. Vencedora de diversos prêmios com seus filmes anteriores, como "Wendy & Lucy", "Night moves"e "Old joy", ela concorreu no Festival de Berlin com "First cow".
O filme recebeu muitas críticas favoráveis, e entrou em várias listas como um dos melhores filmes de 2019.
Eu particularmente não curti muito o filme. Com mais de duas horas de duração e um ritmo extremamente longo e lento, o filme, que foi rodado em 16MM, lembra um pouco a narrativa dos filmes dos irmãos Coen, mas sem a preocupação de dar uma dinâmica, trazendo um ritmo mais no estilo de um Tarkovsky: planos longos, apresentando a natureza, e descrevendo a ação do tempo sobre a vida das pessoas.
No prólogo inicial, ambientado nos dias de hoje, uma jovem passeia com o seu cachorro às margens do rio Oregon. Súbito, ela encontra dois esqueletos. O filme volta ao tempo, para o 'século XIX. Somos apresentados a um cozinheiro, Cookie, que segue até o Norte do País, para se juntar a um grupo de caçadores de peles. Depois de discutir com o grupo, ele vai embora. No caminho, ele encontra um chinês que fala bem o inglês., King Lu. Ambos, famintos e sem dinheiro, se unem em um novo negócio: fazer bolinhos para vender para os moradores. Só que o bolinho precisa ter leite em sua receita. Eles descobrem que um rico fazendeiro tem a única vaca da região, e toda noite, seguem até lá para roubar o leite. Os bolinhos fazem um enorme sucesso,e acabam chamando a atenção do fazendeiro.
As cenas noturnas são tão escuras que mal dá para enxergar o que está acontecendo. Os dois atores principais estão bem. O roteiro tem uma história simples, mas filmada de forma bastante contemplativa pela cineasta.
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