quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Eu, Olga Hepnarova
"I, Olga Hepnarova", de Petr Kazda e Tomás Weinreb (2016)
Baseado na história real de Olga Hepnarova, uma jovem de 22 anos que em 1973, dirigiu um caminhão e o jogou em direção a um grupo de pedestres em um
Ponto de ônibus na Tchecoslovaquia, matando 8 pessoas. O filme faz um retrospecto da história dessa serial killer e surpreendentemente, lembra bastante " Monster", com Charlize Theron e Cristina Ricci. Olga não tinha amigos e odiava sua família. Ao tentar suicídio, ela é internada em uma clínica psiquiátrica feminina, onde sofre bullying e assédio sexual das outras pacientes. Ao sair de lá, ela resolve sair de casa e ir morar sozinha em uma cabana afastada, trabalhando de motorista e tendo relacionamentos doentios com outras mulheres.
Exibido no Festival de Berlin, o filme tem uma performance extraordinária de Michalina Olszanska, que lembra bastante a fragilidade de Nathalie Portman. É um filme sombrio e depressivo, captado com preto e branco monocromático que lembra o Polones "Ida".
As cenas de sexo são intensas e quase explicitas, mostrando um trabalho irrepreensível de todo o elenco. A direção aposta no filme de arte, com ritmo lento e olhar contemplativo e documental. O filme procura apresentar duas versões sobre a atitude de Olga: arrogância da sociedade, ou simplesmente uma doença psicológica? . A cena final é muito bem construída e tensa. Um filme sufocante que merece ser visto por cinéfilos exigentes.
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