quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Café Society

"Café Society", de Woody Allen (2016) Há tempos eu não via um filme tão glamuroso e sofisticado como esse "Café Society". Com uma fotografia escandalosamente linda do Mestre Vittorio Storaro, e com enquadramentos e planos estudados que valorizam a locação e o trabalho dos atores, Woody Allen fez um dos filmes mais divertidos da última safra. O filme contém dezenas de piadas satirizando a cultura judaica, e são de morrer de rir. ALém disso, o elenco em peso está formidável. Jesse Eisenberg deveria ser eternamente o alter-ego de Allen, tal a propriedade física e artística que ele se apropria do cineasta americano mais famoso do mundo. Kristen Stewart, que sempre foi bombardeada pelos críticos, aqui apresenta uma performance digna de grande estrela. Steve Carrel e Blake Lively também estão ótimos. O restante do elenco, quase desconhecido para o grande público, é composto de excelentes atores, alguns em personagens antológicos, como os pais de Bobby (Eisenberg) e o seu cunhado. A direção de arte, figurino, maquiagem, tudo do mais alto nível. Woody Allen mais uma vez fala do universo do Cinema, dos gangsters e da família judia, sacode tudo no liquidificador cinematográfico e dá vida a uma insana e romântica história protagonizada por Bobby ( Eisenberg), que sai de Nova York nos anos 30 para tentar a vida em Hollywood. Chegando lá, ele é menosprezado pelo seu tio Produtor de cinema, Phil ( Steve Carrel), até que ganha confiança dele para fazer alguns serviços. O que Bobby não contava, era que iria se apaixonar pela secretária de seu tio, Vonnie ( Stewart), que na verdade, é amante de seu tio. Com esse grande imbroglio, Woody faz a platéia rachar de rir e mais do que nunca, se apaixonar. O filme faz uma linda homenagem a "Manhattan", lembrando que somente o tempo faz as pessoas refletirem sobre os seus atos. Imperdível.

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