sábado, 20 de agosto de 2016
Ben-Hur
"Ben-Hur", de Timur Bekmambetov (2016)
É preciso ter muita coragem para e fazer um remake. Quando o remake é de um clássico que passa todo Natal na televisão, aí fica mais impetuoso. É absolutamente inevitável não se comparar essa versão com a de Willian Wyler, e ainda mais, comparar a atuação antológica de Charlton Heston. Pois muito bem: o cineasta russo de mega blockbusters Timur Bekmambetov teve essa cara de pau de tomar rédeas de refilmar a história de Judah Ben-Hur, um judeu rico que acabou sendo traído e que por isso, foi escravizado por seu meio irmão Severus, que não é judeu. A sua mãe e sua irmã foram dadas como mortas e por 5 anos Ben-Hur jurou vingança, tendo como aliado Ilderim, um africano interpretado por Morgan Freeman. Pois bem, Freeman é o único Star do filme, pois os produtores, corajosos, apostaram em 2 desconhecidos para interpretarem Ben-Hur e Severus. Esses desconhecidos são respectivamente Jack Huston e Toby Kebbell, atores ingleses jovens e bonitos, como manda o figurino das produções direcionadas a um público jovem. Mas sendo sincero, a pergunta que todo mundo deve fazer quando vai assistir ao filme é: A cena da corrida de bigas ficou melhor que o original?
Sim, a cena das bigas continua extremamente irresistível. E faz pensar como, nos anos 50, Willian Wyler foi capaz de dirigir uma sequência tão difícil sem a ajuda de efeitos especiais e computação gráfica. 'Torna o original ainda mais impressionante.
O filme começa lento, sem muitas expectativas. Mas a partir da cena da batalha de barcos, o filme ganha fôlego e até o final, ganha ares de filme de aventura. Atualizado aos tempos de politicamente correto, o desfecho difere do original. Vivemos tempos onde o perdão se torna necessário, tanto religiosamente quanto politicamente falando.
Rodrigo Santoro aparece em 4 brevíssimas cenas no papel de Jesus Cristo. Ele dá conta do recado, mesmo porquê, são momentos de tensão e angústia, uma vibe que Santoro curte bastante.
Os 2 protagonistas seguram os papéis, mas se for comparar com os atores do original, estão muito aquém.
Um ponto falho: a cena do reencontro de Ben-Hur com a mãe e irmã, que no filme de Willian Wyler era muito emocionante, aqui passa batido, focado simplesmente no ódio. Uma pena. Poderia ter sido um grande momento para os atores.
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O Ben-Hur antigo marcou minha vida.
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