domingo, 14 de agosto de 2016

Embers

"Embers", de Claire Carré (2015) Claire Carré é um exemplo de como funciona as produções independentes que ganham prêmios em Festivais internacionais: Ela dirigiu, escreveu, produziu, editou e foi figurinista desse seu longa de estréia. Tendo total domínio sobre o seu projeto, Claire deixa claro que o filme foi realizado do jeito que ela quis. Ambientado em um futuro distópico ( de novo?), acompanhamos um sociedade devastada por um vírus que simplesmente apagou a memória de todo mundo. Cada um reage de um jeito, mas a maioria das pessoas apresentam memória curta. Há quem faça comparações a 'Amnésia", de Cristopher Nolan, e isso não seria errado. Temos vários personagens em histórias isoladas: um casal que acorda junto e que não sabem quem são. Acreditando que podem ser felizes juntos, eles andam juntos, temendo que a perda da memória que pode ocorrer a qualquer momento apague esse curto desenlace de amor. Em uma mansão, temos um casal que se isolou do mundo externo, e que por isso, não foram afetados pelo vírus. Mas a mulher, deprimida, deseja sair para encontrar sua filha, contra a vontade de seu marido. Temos também a história de um menino que busca uma figura paterna, mas todos os homens que ele aborda perdem a memória e ele se sente carente. Um belo filme, que só é prejudicado pela narrativa extremamente fria e pela fotografia viciada em estética publicitária. O ritmo é lento, e penso se não seria mais interessante ter focado apenas na história do casal que quer continuar juntos. Essa história sim daria um belíssimo filme comovente. O filme venceu vários prêmios em Festivais.

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