domingo, 4 de agosto de 2013
The Canyons
"The Canyons", de Paul Schrader (2013)
Schrader, diretor de clássicos como "A marca da pantera", "Gigolô americano", "Mishima " e que escreveu roteiros consagrados, entre eles "Taxi driver", resolveu se aventurar no suspense erótico noir, de baixíssimo orçamento. Nos anos 80, tivemos um exemplo de um filme do gênero, que virou um clássico: "Corpos ardentes", de Lawrence Kasdan, e que catapultou as carreiras de Willian Hurt e Kathllen Turner. O orçamento do filme foi de U$ 250 mil dólares, e os atores ganharam cada um cem dólares de cachê por dia de filmagem. Nesse esquema, Lindsay Lohan, que havia sido convidada para fazer um papel pequeno, exigiu o papel da protagonista e ainda assina o filme como co-produtora. Infelizmente, esse Filme B parece estar destinado ao mais completo limbo. Nào fosse a presença de Lohan, com certeza ninguém ouviria falar do filme, nem mesmo pelos créditos de Schrader ou mesmo do escritor, o renomado Bret Easton Ellis. Ellis escreveu uma história que gira em torno de seus 3 mais famosos livros: "Psicopata americano", " Abaixo de zero"e "as regras da atração". Ou seja, um mundo de glamour, mas envolto de sexo, drogas, devassidão e crimes. Tudo isso em torno do mundo do Cinema. O ator pornô James Deen foi escalado para viver o protagonista, o psicopata produtor de cinema Christian. Ele mora com Tara (Lohan), uma jovem atriz decadente. Eles moram numa mansão, e Christian vive chamando homens e mulheres para sua casa para promover orgias. Quando ele descobre que tara reativou um caso com um ex-namorado, ele fará de tudo para tirá-lo do caminho. O filme investe em erotismo, algumas cenas de nudez frontal, mas podia ter aproveitado mais esse gancho do sexo, que está mal aproveitado no filme. Ao invés disso, investe numa trama mirabolante e inverossímel sobre um ciúme obsessivo. Gus Van Sant faz uma ponta como um psiquiatra, James Deen tem algumas poucas e boas cenas, outras ele esquece que atua e vai no automático. A fotografia e trilha sonora são muito boas, e Schrader aproveita para mostrar a decadência das salas de cinema tradicionais de Los Angeles, que ou estão fechadas, ou destruídas pelo tempo. Schrader ousou nesse filme em todos os sentidos. Pena que o investimento não tenha sido o desejado. Mas eu particularmente achei um filme interessante, por mostrar o lado sujo do glamour do cinema de Hollywood, mesmo que nas suas devidas proporções. Nota: 7
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