sábado, 8 de outubro de 2011

Vidas cruzadas


" The help", de Tate Taylor (2011)

Drama baseado no livro best-seller de Kathryn Stockett.
O filme é ambientado no início da década de 60, em Misssissipi, região extremamente racista dos estados Unidos. Eugenia " Skeeter" (Emma Stone) é uma jovem formada em jornalismo, que retorna à cidade. Ela vai procurar trabalho e consegue um emprego de colunista deuma coluna de afazeres domésticos. Ao entrevistar a empregada Aibileen (Viola Davis) de uma amiga sua, Eugenia fica encantada com a postura dela em relação a vida, a força de uma mulher que convive com o racismo. Eugenia resolve escrever um livro, " The help", com a finalidade de recolher depoimentos de empregadas negras, e a curiosa história de mulheres pobres que cuidaram de bebês até a fase adulta e depois são dispensadas por elas. No início Aibileen teme represálias, mas a sua história de vida e uma tragédia pessoal a fazem participar da escrita, como uma forma de exorcizar seus fantasmas. A ela se junta Minny (Octavia Spencer), uma empregada divertida e prepotente, que luta pelo que ela acredita. Porém, encontram resistência de Hilly (Bryce Dallas Howard),uma jovem socialite da cidade, filha da Senhora Walter (Sissy Spacer). Hilly prega o ódio aos negros, e se utiliza da Igreja e de uma organização de ajuda aos pobres para falsamente pregar ajuda humanitária.
Ótimo melodrama que tem na força de seu elenco o seu maior trunfo. Difícil dizer quem se destaca mais. Até mesmo pequenas participações de uma cena são bem defendidas. Chorei várias vezes ao longo do filme, que força situações dramáticas para emocionar o espectador. Viola Davis é sensacional, e Octavia Spencer sure como uma grande atriz. Sua Minny é fabulosa: engraçada, forte, sensível. Lembra muito Oprah Winfrey em " A cor púrpura". O filme é um excelente banco de dados de atrizes.
A trilha sonora é ótima, e toda a parte técnica idem: fotografia, direção de arte, figurinos, maquiagem. O filme é longo, quase 2:30 de duração. A diretora poderia ter cortado pelo menos 15 minutos do filme. Mas o caráter épico do filme, e a quantidade de sub-plots devem tê-la fascinado e ficou com pena de cortar alguma coisa.
O filme me lembrou bastante o cult dos anos 80 " Tomates verdes fritos". Tem a mesma estrutura: Filme melodrama, com tintas feministas e humanitárias, e com elenco predominante feminino às voltas com racismo e luta pela dignidade.
Um óbvio candidato ao Oscar 2012.

Nota: 9

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