quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Hora e a vez de Augusto Matraga


de Vinícius Coimbra (2011)

Baseado na obra de Guimarães Rosa, é uma refilmagem do filme de Roberto Santos, de 1965.
Augusto Matraga (João Miguel) é um fazendeiro cheio de dívidas, e que maltrata todos ao seu redor. Ele tem uma índole terrível, e trata a todos com ignorãncia. Sua esposa (Vanessa Gerbelli) o trai com um Coronel (Werner Shunnerman), e foge com a filha do casal para morar com ele. Matraga resolve ir atrás dela, mas no caminho, é emboscado e deixado entre a vida e a morte. Um casal de negros humilde o encontra e cuidam dele por um tempo. Matraga repensa sua vida e resolve se entregar a religiosidade e a simplicidade da vida, achando que o que aconteceu com ele foi uma dádiva de deus. Até que um dia surge o justiceiro Joãozinho Bem Bem (José Wilker) surge no seu caminho, e Matraga enxerga nele o homem mau que ele já foi um dia.
Bom drama de estréia de Vinicius Coimbra, diretor de tv e de publicidade. O filme arrebatou quase todos os prêmios no Festival do Rio 2011: melhor filme, filme do juri pupular, melhor ator (Joao Miguel), ator coadjuvante (José Wilker), premio especial (Chico Anysio). O roteiro é confuso em vários momentos, o que dá a idéia de terem cortado algumas cenas para dar dinâmica a história (por ex, quem é a jovem prostituta do final? a filha de Matraga??). O filme tem um ritmo muito lento, o que não é bom para um filme de ação. A fotografia de Lula Carvalho
é muito bonita, e os atores estão bem, apesar de eu sempre achar que José Wilker interpreta a ele mesmo a muito tempo. A trilha sonora é excessiva, sempre com um caráter épico que não condiz com as imagens. Algumas cenas isoladas são muito bem construídas, mas às vezes não tem muita função dramática para a história, como a cena do cavalo sendo resgatado do rio.

Nota: 7

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