quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Offline

"Offline", de Daniel Fure Schwarz e Mauritz Brekke Solberg (2023) Concorrendo em diversos festivais de cinema, "Offline" é uma comédia ácida norueguesa, com um dos roteiros mais provocativos e inteligentes que assisti recentemente. O filme é uma aula de roteiro, de edição, de direção de atores e na trilha sonora. De forma quase didática, o filme apresenta uma reunião em uma produtora de comercial, na presença de seus criativos- produtores, editor, diretora- e o cliente, que estão no data show projetados. O filme ensina todos os termos que acontecem na reunião: PPM, brand, edição, iluminação, relação cielnte, agência e produtora. Quando o projeto está para ser aprovado, um representante do cliente, que é um consultor de diversidade, levanta uma questão: que os únicos 2 atores do comercial são negros, e que essa pauta pode não agradar uma fatia do público. Ele questiona ainda que o comercial poderia ser um produto visto como "woke" e provocar antipatia. A produtora questiona que a cliente esteve presente na PPM e aprovou o elenco negro, e a cliente diz que não estava na reunião. Ele sugere "clarear "a pele da atriz negra para mudar a sua etnia. Isos leva à uma discussão sobre racismo. Depois, discute-se que um dos comerciais produzidos, um menino com síndrome de down não foi aprovado por não aparentar ter down, e contrataram um ator que não é down para interpretar o papel. Para piorar a situação, em um momento de intervalo, achando que a equipe não está vendo a projeção, o concultor de diversidade se masturba, e todos da equipe ficam chocados. O filme é baseado em história real, ocorrida com um dos diretores, que dirigiu muito comercial e tem vivência com a relação de aprovação com cliente, que sugeriu muitas coisas absurdas. São tantas as questões éticas levantadas no filme, que se torna quase que imprescindível assistir ao filme com uma turma e levantar discussões acerca dos caminhos do politicamente correto.

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