quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Avenida beira mar
"Avenida beira mar", de Maju de Paiva e Bernardo Florim (2024)
Prêmio Félix de Melhor Filme Nacional no Festival do Rio, um prêmio dedicado à temáticas queer, o drama "Avenida beira mar" é dirigido e escrito por Maju de Paiva e Bernardo Florim . Conduzido por um elenco que mescla atores veteranos com jovens atores, o filme traz um excelente trabalho de direção de atores. Andrea Beltrão, Analu Prestes, Isabel Teixeira, Emiliano Queiróz, contracenam com Milena Pinheiro, no papel da filha de Marta (Beltrão), Rebeca, e Milena Gerassi, no papel da jovem trans Mika.
O filme acompanha Marta e Rebecade mudança para o bairro de Piratininga, Niterói. Instalando-se em uma casa, Marta, que faz tratamento para câncer, tem dificuldades de comunicação com Rebeca. Rebeca acaba ficando a melhor amiga de Mika, uma jovem trans que sofre transfobia de seus pais, como sua mãe, Viviane (Teixeira), que querem que Mika assuma seu nome de cartório João Pedro e haja como menino. Na escola, Mika sofre bullying, e na praia e em um galpão, sucessivas tentativas de estupro e abuso sexual.
'Avenida beira mar" é um grito de alerta de jovens , no filme representadas por uma menina trans e uma menina negra, que não são compreendidas pelos seus pais e nem pelos adultos que os rodeiam. Inclusive a vizinha Dona Jô, que insiste que um "meenino estranho" circunda a região.
A história coloca em pauta todos os preconceitos sofridos pela garotada, e traz também uma parcela grande de adultos conservadores que não conseguem assimilar as identidades de gênero. O desfecho me lembrou a narrativa lúdica de "Noites de Cabíria", de Fellini.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário