Hunters on a white field

"Jakt", de Sarah Gyllenstierna (2024) Filme sueco dirigido e co-escrito pela cineasta Sarah Gyllenstierna, "Hunters on a white field" é livremente inspirado no romance "Jakt på ett vitt fält", de Mats Wägeus, e me fez lembrar bastante do clássico de John Boorman, "Amargo pesadelo". Trazendo elementos de drama, fantasia, terror psicológico, filme de sobrevivência e ação, "Hunters on a white field" concorreu em Tribeca e na Mostra de cinema de São Paulo. Eu diria que o filme é uma parábola sobre a masculinidade tóxica, sobre o ego do macho alfa branco hetero cis, incluindo aí ainda pautas sobre luta de clsses e xenofobia. E é interessante como o filme, somente com elenco masculino, é dirigido por uma mulher, que traz oi seu olhar sobre 3 amigos que se reúnem para um final de semana na floresta para caçar. Alex (Ardalan Esmaili) e Gregor (Jens Hultén) seguem para a floresta, onde irão se encontrar com Henrik (Magnus Krepper ). Gregor é chefe de Alex. Alex é descendente de árabes. Alex acaba de receber sua licença para caçar, uma atividade que ele não tem experiência. Gregor e HEnrik lhe dão aulas e dicas de como caçar e matar animais. Alex hesita na hora de matar algum animal e é repreendido. Eles passam o tempo falando de mulheres, bebem. Um dia, estranhamente, os animais desapareceram. Mas o instinto de caça permanece em Henrik e Gregor, e eles decidem propor deles se caçarem entre os 3 , e ver quem ficará vivo por último. O filme parte d euma premissa interessante, o olhar crítico sobre o universo masculino que continua com pensamentos retrógrados e descriminatórios. Mas o ritmo do filme é bastante arrastado, se estica demais. O segundo ato demora a acontecer e tudo se torna bastante repetitivo. os atores são bons, a atmosfera lembra o cinismo e violência de Michael Haneke. A diretora Sarah Gyllenstierna dirige bem os atores e dá uma decupagem bem interessante sobre a relação caça e caçador.