"Titane", de Julia Ducournau (2021)
Grande vencedor da Palma de ouro de melhor filme em Cannes 2021, "Titânio" chocou meio mundo com uma mistura insana de gêneros: terror, humor ácido, ficção científica e drama erótico. A história em uma frase: uma serial killer que faz sexo com um conversível vintage, engravida dele, foge e se faz passar por um garoto desaparecido para fugr da polícia. Mas o que mais interessa nesse filme da cineasta francesa
Julia Ducournau é como ela apresenta o filme: para quem assistiu a seu filme anterior, "Grave", sabe dos temas que ela traz: assédio moral e sexual, machismo, feminismo, desejos sexuais relacionados a algum tipo de fetiche e perversão, além de muita violência e gore. Em 2020, outro filme francês trouxe algo semelhante, porém no âmbito do realismo fantástico: "Jumbo", sobre uma mulher que se apaixona por uma roda gigante de um parque de diversões e faz sexo com ele.
Outra referência óbvia seria "Crash", de David Cronemberg, e o fetiche por automóveis e fazer sexo dentro dele, através de acidentes provocados. Essa estranheza de Cronemberg tem quase 20 anos, e tem o resgate no filme de Ducornou. É um filme tipo 'Ame-o ou deixe-o", sem meios termos.
Grande destaque para o trabalho de Agathe Rouselle, no papel de Alexia/Andre, e Vincent Lindon, no papel de seu "Pai".
Certamente um filme que não deixará ninguém advinhando a próxima cena.
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