sábado, 26 de agosto de 2017

A torre negra

"The dark tower", de Nikolaj Arcel (2017) O cineasta e roteirista dinamarquês Nikolaj Arcel tem uma filmografia bem eclética. Além de ter adaptado para o cinema o livro best seller "Millenium- O homem que não amava as mulheres", ele dirigiu Dramas ("O amante da Rainha", Fantasia " A ilha das almas perdidas" e a comédia dramática "A verdade sobre os homens". Eu não pesquisei para saber de que forma ele foi convidado para dirigir esse Blockbuster Filme B, adaptado de uma obra de Stephen King. Como são raros os bons filmes adaptados da literatura de King, infelizmente esse aqui também ficou no meio do caminho. O filme prometia bastante: Um elenco com 2 giga stars (Idris Elba, como o mocinho Pistoleiro Roland, e Matthew McConaughey, como o vilão Walter. O universo está unido pela Torre negra, que mantém a harmonia entre os planetas habitados. Walter, no entanto, quer dominar o Universo, e para isso, precisa destruir essa Torre. Acontece que a Torre somente poderá ser destruída com a energia emanada de uma criança especial. Walter sequestra várias crianças na terra, até que descobre a existência de Jake (Tom Taylor, ótimo e das melhores coisas do filme). Roland ajuda então Jake a desafiarem o poder de Walter. O filme termina com mostrando um letreiro de Cinema aonde está passando um Filme de western spaghetii. E' aí que o Diretor Nikolaj Arcel. mostra a sua verdadeira referencia para esse filme de ação , aventura e fantasia: os filmes de Sergio Leone. Ele faz de Roland a figura mítica do cavaleiro solitário, que chega para trazer a paz e a justiça. Matthew McConaughey faz um vilão mau, mas muito mau mesmo! Chega a ser curioso ver o ganhador do Oscar fazer uma caricatura de malvadão, com um figurino `a La Matrix. E mais: ele é chamado de "O homem de preto", isso mesmo, Man in Black. Homenagem, será? Idris Elba faz o tipo caladão, que em priscas eras, teria sido interpretado por Clint Eastwood. E como o filme está conectado com os tempos de politicamente correto, o vilarejo onde se encontram pessoas do bem que ajudam Jake e Roland é formado por idosos, mulheres, negros, latinos, orientais, índios. Mas o que mais me incomodou mesmo foi a falta de ritmo do filme, principalmente na primeira parte. Na segunda parte, quando fica concentrada a pancadaria e tiros, até tem mais dinâmica. Adoraria ter gostado mais do filme. Dá para assistir como passatempo. Mas a promessa de uma continuação, infelizmente, vai depender muito se o roteiro for bem melhor.

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