domingo, 27 de agosto de 2017

Death note

“Death Note”, de Adam Wingard (2017) Adaptação americana de famoso mangá que rendeu uma franquia com 3 filmes e uma serie de animação no Japão, “Death note” ganha refilmagem do Netflix pelas mãos do Diretor Adam Wingard, do excelente filme de terror “A visita”. O filme foi destruído pela critica e pelo publico, mas como eu não assisti aos originais japoneses, até que me diverti. Corrigindo: o filme de fato não é bom, é repleto de problemas ( roteiro, efeitos toscos, atuação) , mas como ele tem um charme de Filme B ( o que inclui trilha com sintetizadores), achei digno. E mais: um diretor que inclui 2 músicas para lá de bregas e que não tem nada a ver com as cenas em dois momentos chaves, merece meu respeito. E’ como se ele dissesse: “Foda-se o público, faço o que eu quero!”. Ou alguém com mente sã poderia imaginar que em uma cena do desfecho, poderia tocar impunemente “Como uma deusa”, da Rosana, em versão americana? O filme me lembrou bastante a premissa de “7 desejos” com “Premonição”: um jovem nerd, que sofre bullying na escola, Light Turner (Nat Wolff, de “Cidade de papel” e “ A culpa é das estrelas”) encontra misteriosamente um caderno com a capa escrito “Death note”. Ele descobre que o caderno é administrado por um entidade chamada Ryuk ( voz de Willen Dafoe) e que permite que o dono do caderno mate quem ele quiser. Basta que escreva o nome da pessoa e pense em seu rosto. Eu adorei as cenas toscas das mortes, bem ao estilo “Premonição’: decapitação, etc, tudo com bastante sangue. Chegam a ser bizarras algumas mortes. As performances prejudicam também o filme: Nat Wolff, bom ator, inexplicavelmente fica com cara de tábua em muitas cenas. Mas os piores são os atores que interpretam o pai de Light, o policial James, e o Detetive “L”, interpretado por Lakeith Stanfield, de “Corra!”. Esse último compõe um tipo esquisito, que combina mais com um filme e a cultura japonesa, mas não em um filme americano: ou alguém acha normal uma pessoa sentar de cócoras ( típico da sociedade japonesa, mas não da ocidental). Se não tiver nada para assistir, “Death note” pode ser um passatempo. Se vai irritar ou não, vai depender do seu astral do dia. Pelo menos dá para se divertir com a voz de Willen Dafoe, maravilhosa e sarcástica.

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