sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Saint Amour - na rota do vinho

"Saint Amour", de Benoît Delépine e Gustave Kervern (2016) Emocionante comédia dramática francesa, escrita e dirigida pela dupla Benoît Delépine e Gustave Kervern. Curioso é que nesse ano de 2017, 3 filmes franceses tiveram o tema do road movie como narrativa para a mudança da trajetória de seus protagonistas: "Paris pode esperar", "Tour de France" (também com Depardieu, e também falando sobre paternidade) e agora, "Saint amour". Em "Saint Amour", o criador de gados Jean (Gérard Depardieu), está em uma exposição agropecuária. Seu filho, Bruno (Benoît Poelvoorde), odeia o trabalho com seu pai e tem péssima relação com ele. Por conta disso, ele bebe até ficar bêbado. ambos resolvem fazer a rota do vinho, atravessando a Franca, e contratam o taxista Mike (Vincent Lacoste) para levá-los até Paris, última parada da rota. No caminho, entre desilusões amorosas, revelações e mulheres, os 3 tem a vida transformada. Emocionante, com excelente diálogos e um trabalho formidável de todo o elenco, "Saint amour" é um filme que exala espontaneidade, humor, emoção na dose certa. Impossível não ficar contagiado pelo carisma dos 3 personagens, desiludidos com os rumos que a vida lhes propôs. A cena de Bruno narrando os 10 estágios do bêbado é uma obra-prima, uma aula de atuação e que deveria ser usada como exercícios em aulas de interpretaçao. Imperdível, além de ser belíssimo de se ver, com locações extraordinárias. Depardieu revisita os seus tempos de amor livre, um dos temas trazidos pelo filme, de forma ousada. O filme de certa forma homenageia "Corações loucos", de Bertrand Blier, onde toda forma de amor é válida. Pode ser que o filme não agrade o publico feminino, por mostra-las como depressivas, melancólicas, neuróticas e ninfomaníacas. Mas é um filme sob o ponto de vista masculino, e a brincadeira é essa. Os últimos machões que sucumbem ao Amor.

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