sábado, 19 de novembro de 2022
Setenta e sete dias
"Qi shi qi tian", de Zhao Hantang (2017)
Filmado pelo período de três anos, "Setenta e sete dias" faz parte do rol de dramas sobre sonrevivência em naturezas inóspitas, que já nos trouxe os excelentes "Na natureza selvagem", "127 horas"e 'Wild". Baseado em história real, "Setenta e sete dias" conta a história de Yang Liusong (Zhao Hantang, o próprio cineasta). No ano de 2010, em Jieshan Daban, província ocidental do Tibete, China, iniciou-se a jornada espiritual de Yang. Natural de Shanghai, ele se preparou por dois anos a ser a primeira pessoa a atravessar a zona desabitada de Qiang Tang de leste a oeste, uma área desolada e desabitada de Changtang, a mais de 4.500 metros de altitude no planalto tibetano, uma região tomada por animais selvagens, como lobos e ursos. Disposto a atravessar sozinho, Yang foi até Lhasa, onde consultou o único especialista na região, o Velho Capitão, um tibetano que a pesquisou na década de 1960. Yang acaba conhecendo a fotógrafa Lan Tian (Jiang Yiyan), paraplégica após um acidente. Ela lhe dá uma carona para perto de seu ponto de partida. Yang se inspira na jornada da fotógrafa, e se despede dela. No seu trajeto, Yang precisa lidar com lobos, ursos, tempestade de areia, falta de água e nevascas para chegar ao seu detsino.
Fotografado por Ping Bin Lee, fotógrafo endeusado por "Amor à flor da pele", de Wong Kar Wai e "A assassina", o filme tem na imagem seu principal chamariz. As locações são absolutamente grandiosas e fascinantes nas cores e suntuosidade. Rodado nas locações reais, é um filme com ritmo bastante lento, mas contemplativo, e que traz uma história de determinação defendida por boas performances. Fico imaginando a dificuldade que foi filmar o longa, com tantos obstáculos da natureza.
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