segunda-feira, 7 de novembro de 2022
Medusa
"Medusa", de Anita Rocha da Silveira (2021)
Premiado em importantes Festivais, como Sitges, Palm Springs, Festival do Rio, de onde saiu com melhor filme e atriz coadjuvante, e ainda competindo no Festival de Cannes na Quinzena dos realizadores 2021, "Medusa" é o 2o longa da roteirista e cineasta, após "Mate-me por favor", de 2015. "Medusa" é um grito, literal e narrativo sobre mulheres que vivem em um país de extremismo religioso e político, com sérias críticas à extrema direita que demanda o que as mulheres devem ser mediante família e relação com homens: uma sociedade patriarcal, machista, onde as mulheres devem permanecer belas e submissas. Um grupo de jovens mulheres perambula pelas ruas de noite caçando mulheres consideradas promíscuas, e as obrigando a se converter, com o risco de serem espancadas e humilhadas publicamente em redes sociais. Mariana (Mari Oliveira), uma das líderes da gangue, acaba sofrendo um acidente ao correr atrás de uma vítima e tem o rosto cortado. Colocada de fora pelas outras jovens por não ter mais o padrão de beleza, Mari começa a refletir sobre o sue papel nesse mundo caótico. Paralelo, ela vai em busca de Melissa (Bruna Linzmayer), uma atriz que desapareceu.
O filme é repleto de simbolismos, metáforas baseadas em mitos. Tendo como referência o visual dos filmes dos anos 80 de terror, como Dario Argento e seu hiperrealismo nas cores fortes, como vermelho e verde, o filme tem no seu visual o seu ponto forte. Muitas coisas ficam em aberto, sem muita explicação, deixando ao espectador amarrar as pontas. No elenco, participação de Inez Vianna, Thiago Fragoso e Joana Medeiros, além de um time de atores jovens.
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