quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Amor eterno
"Amour eternel", de Benjamin Ribeaucourt (2016)
Drama romântico LGBTIAP+ francês, "Amor eterno" é uma produção de baixísismo orçamento, e essa falta de recursos financeiros acabou sendo impresso na tela: a fotografia lavada, a edição com problemas de ritmo no corte. Mas o tema da rotina no relacionamento e as consequências trágicas que irão surhgir na vida do casal Nathan e Lucas acaba segurando a atenção do espectador, mesmo com as performances oscilantes dos atores. É um filme honesto, cru, sem tintas exageradas do universo queer.
Nathan e Lucas são dois gays parisienses que estão em um relacionamento há vários anos. No prólogo incicial, ainda nos primeiros anos de relacionamento, são juras de amor eterno. Mas com o passar dos anos, acabou-se o tesão de Lucas, e ele se sente preso em uma relação sem tesão. A rotina se instalou, o sexo é mecânico, eles quase não saem mais e as noites de TV começam a sufocar Lucas.
Pelo ponto de vista de Lucas, somos testemunhas de sua vida chegando aos 35 anos totalmente sem vida: no trabalho ele fica sem paixão, em casa Nathan não o inspira mais. Lucas decide apostar no grindr e tentar ver um relacionamento baseado em sexo e assim, tentar reativar o tesão por Nathan. mas nada dá certo. Confrontado com a natureza muito planejada e encasulada de Nathan, os esforços tendem a fracassar.
O filme me seduziu pelo caráter totalmente independente, sem dinheiro, mostrando uma Paris sem glamour, sem o brilho de comédias romˆnticas. É um filme sobr eo desalento, sobre a falta de viço no amor , na vida, nos relacionamentos.
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