quarta-feira, 30 de novembro de 2022
El Topo
"El Topo", de Alejandro Jodorowsky (1971)
Um dos maiores cults do cinema dos anos 70 e 80, "El Topo" foi o filme que fez Alejandro Jodorowsky ser conhecido e cultuado no mundo inteiro. Foi graças a John Lennon que, impressionando com o filme, pediu para um amigo distribuir o filme.
"El Topo" mescla faroeste à la Sergio Leone, com muita violência, e surrealismo, além de fazer crítica à religião e à burguesia.
É uma tarfe complexa tentar explicar o que é o filme. Tem uma parte maiscoerente, e outra onde está totalmente aberta a interpretação do público. El Topo ( o próprio Alejandro Jodorowsky) cavalga pelo deserto, acompanhado de seu filho de 7 anos, que anda nú (Brontis, filho de Jodorowsky). Ao chegarem em um vilarejo, encontram todos cortos. Ele logo se depara com um coronel e seus capangas, e acaba matando todos eles. Uma mulher, escrava do coronel, pede para ir junto de El Topo. Ele deixa seu filho com os missionários e segue com a mulher. Ela é estuprada por El Topo e a partir daí, ela passa a ter visões. Ela pede para que El Topo mate 4 mestres das armas, espealhados pelo deserto. A cada mestre que El Topo mata, ele vai ficando cada vez mais se sentindo culpado, até que é feruido e salvo por um grupo de desabilitados físicios, que o levam com ele. El Topo ressurge, agora espiritualizado.
CErtamente o filme sofreu influência da religião budista e da geração flower power dos hippies, na política de desarmamento e paz e amor. O filme possui muitas imagens icôniocas e surreais, mas certamente a da tortura com os 4 missionários, seduzidos e seviciados pelos capangas, e a do massacre final do grupo de desabilitados são certamente as mais chocantes, além do estupro da mulher. O filme é fruto de sua época e certamente hoje seria criticado pela objetificação feminina, mas ainda assim, é um filme que vale ser visto por sua linguagem ousada e vanguarda.
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