quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Esperando Bojangles
"En attendant Bojangles", de Régis Roinsard (2022)
Adaptação do livro escrito por Olivier Bourdeaut, "Esperando Bojangles" começa como um romance com tintas de humor. Na Riviera francesa do ano de 1958, o golpista e mentiroso George *Roman Duris, ator fetiche do cineasta Régis Roinsard, com quem já havia trabalhado no excelente "A datilógrafa", conta histórias mirabolantes para os ricos da festa, enquanto vai consumindo bebidas de graça. Mas a sua atenção muda completamente ao avistar a bela e iluminada Camille (Virginie Efira) dançando na varanda. logo os dois se apaixonanm, se casam e têm um belo filho, Gary (Solan Machado Graner). O tempo passa, é 1967 e todos os dias o casal dança a música 'mr Bojangles". mas aos poucos, a alegria de Camille vai se transformando, e logo ela é dignosticada como louca e internada em um manicômio.
O filme muda radicalmente de tom na sua segunda metade, e vai ficando bastante dramático, mesmo com as cores vivas da fotografia e direção de arte. É um filme triste, com um desfecho acri-doce e que retrata de forma lúdica os transtornos bipolares e depressão. Me lembrei imediatamente de "Uma mulher sob a influência", de John Cassavettes, e Virginbie, mesmo que não chegue à excelência de Gea Rowlands, está vibrante como a complexa Camille. Um belo filme.
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