sábado, 19 de novembro de 2022
Accatone- Desajuste social
"Accatone", de Pier Paolo Pasolini (1961)
Obra-prima do cinema italiano, "Accatone" é a estréia do cineasta Pier Paolo Pasolini no cinema, lançado em 1961 e um dos últimos exemplares do cinema neo-realista italiano. O cineasta Bernardo Bertolucci também estreou no cinema no filme, como assistente de direção.
Rodado em preto e branco e nas ruas de Roma, o filme conta a história de Vitório ( Franco Citti), apelidado de "Accattone" (que significa 'mendigo' em italiano. Accatone é um boa vida e vive de luxo com o dinheiro ganho com a prostituta que trabalha para ele, Magdalena.Accatone tem um grupo de amigos vagabundos que circulam com ele, todos desempregados e ladrões. Um dia, Magdalena é ferida por seus rivais e enviada para a prisão, onde fica presa por um ano. Encontrando-se sem uma renda estável e sem desejo de querer trabalhar, Accatone perde o luxo e passa fome, tentando se reconciliar com a mãe de seu filho para poder comer, mas é expulso por seus parentes; ele então encontra a ingênua Stella, uma catadora de lixo, e tenta faezr dela sua nova prostituta.
Um filme formidável, que trata de temas sociais que chocaram os italianos na época: prostituição, pobreza, desemprego, temas que Fellini já havia trabalhado antes, mas que aqui mostra seu lado mais cruel e pessimista. Franco Citti está antológico no papel principal, um personagem abominável e ao memso tempo carismático. O desfecho, com Accatone sonhando com sua morte é antológico. Muitas cenas brilhantes, trazendo um olhar melancólico sobre uma cidade que esqueceu a classe pobre, relegada à periferia e morando em favelas, enquanto a cidade crecsia com a efervescência capitalista e reconstrução pós guerra.
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