sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Perdrix

"Perdrix", de Erwan Le Duc (2019) Drama romântico com pitadas de humor francês, "Perdrix" concorreu no Festival de Cannes 2019, na Mostra Quinzena dos realizadores. O filme foi escrito e dirigido por Erwan Le Duc, e traz em sua estrutura visual e dramatúrgica elementos que o aproximam do cinema estranho e encantador de Wes Anderson. Personagens losers, enquadramentos fixos, situações beirando à bizarrice e surrealismo. Juliette (Maud Wyler) é uma mulher que perambula de cidade em cidade, tirando fotos e sem destino certo. Ao chegar em uma dessas cidades, ela tem o carro roubado por uma mulher nua, que faz parte de uma gangue de nudistas rebeldes que destroem tudo ligado ao consumismo. uma crítica ao hábito capitalista da sociedade. Ela vai prestar queixa a um policial, o Capitão Pierre Perdrix (Swann Arlaud). Sem ter aonde ir, ela acaba aparecendo na casa dele e se oferece para jantar e ficar ali por um tempo, até que seu carro apareça. Na casa, moram a mãe de Pierre, Therese (Fanny Ardant), uma radialista que comanda um programa na rádio sobre amor, e que também é uma ninfomaníaca que traz homens para sua casa. Tem também o catador de minhocas, Julien, irmão de Pierre, e a adolescente rebelde Marion. Todos têm suas vidas transformadas pela presença da bipolar Juliette. O filme poderia render um filme encantador, mas o excesso de verborragia e de personagens dilui bastante o potencial do filme. Confesso que já no meio do filme, fiquei cansado e torcendo pro filme acabar logo. Fanny Ardant é sempre a diva maravilhosa que queremos ver, mas nem ela consegue dar muito interesse a esse filme sem muitas novidades. O que se salvam é o trabalho do elenco, e algumas cenas provocativas,além da deliciosa trilha sonora oitocentista.

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