quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Voyage

"Voyage", de Scud (2013) Drama LGBTQI+ de Hong Kong, dirigido por um dos cineastas mais autorais da China. Scud, nascido em Hong Kong, já lançou outros filmes gays que viraram cults, como "Anfetamina" e "Adonis". O que une os três filmes, é a profusão de homens totalmente nús, modelos com pouco talento de interpretação mas que enchem a tela com corpos esculturais e beleza homoerótica. Os filmes de Scud são obrigatórios para espectadores voyeurs que não se importam com a falta de roteiro. Em "Voyage", o diretor reúne alguns dos homens asiáticos mais belos que existem. O filme tem como protagonista um jovem psiquiatra, que faz estudos sobre depressão e suicídio entre jovens. Ele passa a relatar várias histórias, acontecidas em diversos países, onde os protagonistas se mataram. O filme se compõe de pelo menos 10 episódios, cada um filmado em um País diferente. O episódio que abre, ambientado na Mongólia, é o que mais choca em termos de violência gráfica. Na China comunista de Mao Tsé Tung, os chineses que precisavam passar por uma reforma educacional eram enviados à Mongólia para aprenderem a trabalhar e a seguir as normas do comunismo. Quem não seguisse a norma, era obrigado a se matar. As outras histórias são ambientadas na Malásia, Armsterdam, Austrália, Hong Kong, Alemanha. A fotografia é um ponto alto do filme, valorizando as locações e a beleza dos modelos em histórias que falam sobre espíritos e amor platônico. O desfecho é das coisas mais bizarras e grotescas que já assisti: um caçador, de chapéu e binóculo, mais caricato impossível, como se estivesse em um safari, observa dois gays brincando nús na praia e atira na cabeça deles. Fim.

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